Já notei outra variante nada passível de ser calculada, mas bastante fácil de ser visualizada: quanto mais fraca da cabeça a pessoa é, mais feliz ela vai ficar na noite da virada. Geralmente, são as pessoas mais reativas com as mudanças bruscas das suas vidas aquelas mais atentas e deslumbradas às mudanças artificiais, como a do ano novo.
Existem outras mudanças artificiais. Comprar um carro novo, um vestido novo ou mudar de academia frequentemente. Porque, claro, o problema sempre ficará depositado naquilo que é velho.
Esse último detalhe é especialmente curioso. E está ligado a um conjunto muito grande de outros problemas comportamentais. Por exemplo, quanto maior for a tendência de um indivíduo para o desequilíbrio emocional, maior será sua busca por "espiritualidade" e "equilíbrio interior". Esses são temas sempre em pauta na boca de pessoas sem a menor capacidade de controlar seus sentimentos. Não é atoa que a venda de livros de auto-me-ajuda disparam nessa época do ano. Também é pelo mesmo motivo que as pessoas se suicidam com mais facilidade, ao apagar das luzes de um ano para o outro.
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É triste pensar que um período supostamente muito festivo e alegre seja promotor de tantas coisas ruins. Mas não se trata de admitir isso. Basta apenas observar as variantes e torcer para que as pessoas melhorem; mesmo sabendo de, depois de terminada idade, a recuperação é cada vez mais difícil.
Fato é que, na maioria das vezes, demoramos 12 meses para compreender que, em 10 segundos, tudo estará rigorosamente igual. Afinal, não há nada mais auto-me-ajuda do que esperar coisas novas com um comportamento tão velho, mapeável e regular.
2 comentários:
"Porque, claro, o problema sempre ficará depositado naquilo que é velho." Boa dica e introdução para uma conversa sobre a cultura brasileira onde o velho é associado ao ruim e todos precisam de coisas novas sempre. Podia desenvolver isso. Ahhh, mas o ppt da virada tá lindão ;)
obrigado isabela. O gif eu roubei de outro site.
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