quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O suicídio deve ser incentivado

A única sociedade que merece genuinamente o título de liberal é aquela que incentiva deliberadamente as pessoas que não desejam mais viver nela a ceifarem a própria vida. Todas as outras sociedade não apenas deixam de ser liberais, mas são anti-liberais ou diretamente contrárias aos princípios gerais que norteiam a ideia de liberdade individual. Quando nos negamos a discutir temas como a eutanásia não estamos apenas sendo anti-liberais, mas adotando um comportamento covarde e ingênuo. Porque é perfeitamente razoável que as pessoas sintam menos a vontade de se livrarem da própria vida medíocres em uma sociedade que as dê liberdade para refletir a respeito disso.

Agora vou repetir tudo que eu disse de um jeito menos chocante: é numa sociedade que deixa as pessoas livres para escolherem se desejam ou não viver nela que as pessoas mais têm interesse pela própria vida.

Vejam bem. Eu não estou dizendo que o suicídio assistido deve ser liberado ou descriminalizado. Esses seria um liberalismo parcial, de araque. Eu estou dizendo é que o suicídio deve ser incentivado. As pessoas deve se sentir à vontade para conhecer os benefícios de não estarem vivas, e o principal deles é a ausência de dor.

Já me posicionei a favor da eutanásia e outros assuntos nebulosos. Sinceramente, só vale a penas nos apegarmos às ideias que podem ser testadas exaustivamente até até seus limites mais escabrosos. No caso do aborto, o limite insuportável de discussão é o infanticídio. Para a eutanásia, o limite impensável é o suicídio sem motivos médicos ou fisiológicos irreversíveis.

Não. Não estou dizendo que não devemos tratar as pessoas deprimidas e oferecer ajuda para que elas saiam dessa condição. Sim. Estou dizendo que elas podem não sair dessa condição e é melhor poderem decidir se desejam ou não viver por conta própria. Mesmo doentes, pessoas deprimidas continuam com suas faculdades deliberativas em dia. Sobre seu corpo e mente o indivíduo é o único soberano.

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