No caso da oftalmo, me chamou atenção o testemunho da irmã da vítima. Ela disse que os criminosos tentaram abrir a porta que "estava trancada", como a investida foi frustrada, um meliante disparou contra o vidro, atingindo o abdômen da vítima. Graziela Muller Lerias tinha 32 anos, era médica do SUS no Hospital Banco de Olhos e morreu na hora. Se fosse uma velha de 80 anos e indigente, a truculência com a qual o caso merece ser tratado seria rigorosamente a mesma.
Com alguma frequência autoridade de segurança pública ganham espaço da imprensa para dizer mais do mesmo "não reaja a assaltos", "evite movimentos bruscos". Agora, pelo jeito, uma nova orientação deve ser "mantenha as portas do seu carro destrancada e os vidros baixos para facilitar a vida do assaltante".
Jornalista burocratas, incluindo a maior emissora de TV do Brasil e suas respectivas afiliadas, dão espaço para desarmamentistas. Invadem o velório das vítimas para distribuir panfletos do proselitismo político que alimenta seus salários através da publicidade. Enquanto isso, os corpos das vítimas se empilham nos necrotérios.
O que vou dizer aqui não contraria nenhuma norma de segurança. Apenas tem relação com direitos individuais inalienáveis. Pois lá vai: a vítima tem o direito de reagir. É uma escolha dela. E, mesmo que essa escolha venha a ser frustrada, ela não é responsável pelo desfecho de um cenário montado por outra pessoa. O criminoso é o único responsável. Assim como a escolha de não reagir também só pode ser feita pela vítima. Ninguém tem o poder metafísico de influenciar essa decisão. No caso de uma autoridade pública que dá "orientações" a respeito de como se comportar o caso já é de desrespeito. Obviamente, orientações tão espúrias jamais seriam dadas em um lugar onde a segurança pública fosse levada a seria pelos responsáveis por sua gestão.
A legislação do desarmamento, derrotada a respeito da venda de armas de fogos de forma acachapante no referendo de 2005, é uma aberração jurídica e descumpri-la não é um atentado grave, quando envolve preparo técnico e armas legalmente registradas em nome daqueles que buscam apenas preservar sua vida ou quem está a sua volta. No mais, o porte de arma não está impedido, como mentem e tentam confundir. Para aqueles envolvidos em atividades esportivas, tanto transporte como porte já são garantidos por lei. Obviamente, o preparo técnico para ter o pedido deferido pela Policia Federal envolve um conjunto de exigências muito alto. O marginal não faz pedido de porte algum.
Toda responsabilidade do cenário criado pelo criminoso é dele. Isso inclui o dolo as vítimas - fatais ou não - , "acidentes" envolvendo pessoas incluídas na cena do crime e, inclusive, uma retalhação da vítima causando a morte do marginal. Com alguma frequência, atrofiados mentais, auto-intitulados "defensores dos direitos humanos", usam argumentos como "mas ele só tinha uma faquinha e tomou dois tiros". Tenho uma novidade: faquinhas também matam. E só a vítima pode decidir se está disposta ou não a colocar sua vida à disposição em troca do agressor. A vítima não tem culpa, nunca. Ela nunca está "na hora errada", "no lugar errado". Nunca a vítima "se movimentou de um jeito brusco".
Quem não compreende e se compadece dos problemas sociais e educacionais que forma legiões de terroristas no Brasil é burro. Quem acha que alguém deve se submeter a isso, doando a vida e se entregando como uma ovelha para o abate, até que todos os problemas sociais e educacionais sejam resolvidos, é burro e ingênuo.
Toda responsabilidade do cenário criado pelo criminoso é dele. Isso inclui o dolo as vítimas - fatais ou não - , "acidentes" envolvendo pessoas incluídas na cena do crime e, inclusive, uma retalhação da vítima causando a morte do marginal. Com alguma frequência, atrofiados mentais, auto-intitulados "defensores dos direitos humanos", usam argumentos como "mas ele só tinha uma faquinha e tomou dois tiros". Tenho uma novidade: faquinhas também matam. E só a vítima pode decidir se está disposta ou não a colocar sua vida à disposição em troca do agressor. A vítima não tem culpa, nunca. Ela nunca está "na hora errada", "no lugar errado". Nunca a vítima "se movimentou de um jeito brusco".
Quem não compreende e se compadece dos problemas sociais e educacionais que forma legiões de terroristas no Brasil é burro. Quem acha que alguém deve se submeter a isso, doando a vida e se entregando como uma ovelha para o abate, até que todos os problemas sociais e educacionais sejam resolvidos, é burro e ingênuo.
Nosso atual estado das coisas é de guerra. Também sou contra a guerra. Apenas torço para quem atira melhor.
No mais, segue a regra de ouro: não faça as outros o que não quer que lhe façam. Parece simples mas é preciso equilíbrio.
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