O governador do estado do Rio Grande do Sul não é homem. Obviamente, meus três ou quatro leitores sabe muito bem que não estou me referindo a sexualidade de José Ivo Sartori. Uma coisa dessas não diz respeito a mais ninguém, além dele e sua esposa. Estou denunciando a hombridade que falta ao governador. O anúncio do parcelamento do salário do funcionalismo público estadual foi feito pelo secretário da fazenda Giovani Feltes. Na mesa do constrangimento estava, ainda, o chefe da Casa Civil Márcio Biolchi, o secretário geral do governo Carlos Burigo, o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Regional Cristiano Tatsch e o procurador-geral do estado Eusébio Ruschel. José Ivo Sartori, aquele que recebeu o voto dos gaúchos, chefe do executivo, não apareceu.
Sustento que Sartori estava escondido embaixo da mesa. É isso que um covarde da estirpe de Sartori faz: se esconde. Sartori não desrespeita só o funcionalismo público. Seu talento para a cretinice atinge todo o povo gaúcho, seus eleitores e principalmente o bigode que ele insiste em usar. No Twitter, Sartori sentenciou: "é uma notícia que ninguém gostaria de dar".
Sartori não tem direito de se manifestar em rede social alguma. Não estou falando de um direito civil. É falta de envergadura moral, mesmo.
Yeda Crusius foi mais homem que Sartori. Assumiu no dia primeiro de janeiro de 2007 e, no dia dois, estava diante de um microfone anunciando - e tentando justificar - um projeto de aumento de impostos enviado à Assembléia Legislativa. As portas do Palácio Piratini foram bombardeadas pelos quatro anos de seu mandato, mas sempre ficaram aberta. Foi assim também com Germano Rigoto, Antônio Britto e, inclusive, com Tarso Genro, cada um fazendo besteiras com seu jeitinho particular.
Sartori, do contrário, não é homem. Esta escondido embaixo da mesa do seu gabinete e só sairá de lá no momento conveniente. Espero que tenha a dignidade de sair com a barba feita e sem bigode. José Ivo Sartori não honra o bigode que tem na cara.
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