Claro que o PT não inventou a corrução do Senado Romano. Também não inventou a corrupção da Revolução Francesa, isso é óbvio. Mas só isso. O PT foi muito além, a partir de 2003. Ele adaptou as técnicas de corrupção fascistas da Revolução Russa e inseriu nelas o componente do "jeitinho brasileiro".
Qualquer um que não seja um completo estúpido desconfia de aparentes obviedades.

O PT inventou um tipo especial de corrupção, em 2003. É a corrupção que trabalha sem oposição no Congresso Nacional e consegue misturar partido, estado e mecanismos que supostamente pertencem à sociedade civil, mas fazem parte do aparelho ideológico central. É um nó tão grande que fica difícil de mapear e rastrear completamente. Sempre que há denúncias, alguma máquina da engrenagem cai. O maior rolamento quebrado foi a prisão dos mensaleiros. Mas, quando isso acontece, a parte do dízimo que pertence ao aparelho central já está muito bem salva, juntamente com o restante que está pulverizado nas bases. Entregam os dedos para salvar a mão. E novos dedos surgem, nesse monstro mutante.
O PT não só inventou a corrupção como a utiliza como método eleitoreiro. Extravagante que é, busca chamar atenção da militância burra, como se fosse responsável pelas investigações. Os iconoclastas pagos com o dinheiro público plantam a semente e os imbecis úteis da militância de base fazem o trabalham sujo. Hoje não existe nenhuma empresa estatal, nenhum dos 39 ministérios, nenhum programa governamental que envolva dinheiro público que não esteja respondendo por irregularidades. Repetir que o PT não inventou a corrupção é como insistir que Santos Dumont inventou o avião. No segundo caso, é uma patologia nacionalista; no primeiro, ideológica. Ambos as doenças estão no registro das escabrosidades morais e não são diferentes em tipo, mas em grau.
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