quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Da homofobia à invasão de terras. Tudo passando pela falta de estado.

Não. Eu não defendo a incitação da violência. Mas defendo a guerra civil. De jeito nenhum vou defender o cerceamento das liberdades individuais. Assim como preciso aceitar a ideia de conviver no mesmo país que igrejas homofóbicas e machistas.

Às vezes, aposto que criaturas como Bolsonaro e Feliciano surgem das trevas, sozinhos. São vozes isoladas. Engano fatal.

Eles representam a maioria da população brasileira. Uma maioria que se mistura com a grande parte do nosso povo que não sabe o nome do vice-presidente da república; ou pensa que é o Lula. Afinal, era ele quem saia nas fotos ao lado da Dilma, durante toda a campanha. Pega mal tentar se eleger presidenta ao lado de um chefe de quadrilha, da estirpe de Michel Temer.

O Rio Grande do Sul é o estado mais machista, homofóbico, racista e aqui temos tudo que há de ruim. Temos coisas boas também. Um povo trabalhador acima da média. E acho que é só. Não me envergonho de ser gaúcho. Apenas, me resta o bom senso de não me orgulhar. Pensar que o Luis Carlos Heinze se elegeu sozinho como deputado e representante do povo gaúcho é tanta burrice quanto tentar resolver o problema das invasões de terras e demarcações indígenas distribuindo florzinha entre os invasores.

Há coisas que se resolvem na bala mesmo. Entre elas, tudo aquilo que envolve o cerceamento das liberdades individuais, da homofobia à invasão de terras. Sem estado e sem o direito de se defender, tudo que me resta é recomendar asilo político na Mongólia.


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