quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de setembro de 2013

Eu me lembro o que estava fazendo há 12 anos atrás, nessa data. Meu sobrinho, batizado com o nome do avó, César, não lembra. Ele só nasceu em 2005. É estranho imaginar que as pessoas que nasceram durante o século XXI já sabem ler e escrever. Adoro pensar nisso. Sinto-me velho e mais relevante. (Vou colocar a foto do César. Afinal, foto de crianças fazem sucesso na internet. Não mais do que gatinhos. Mas fazem sucesso mesmo assim).

Era uma terça-feira, em 2001. Lembro porque eu era radioescuta e fazia produção para programas de entrevista em uma rádio no interior do Rio Grande do Sul e, nas terças, havia um quadro fixo com um professor de português que dava dicas de gramática na rádio. Acabou que cancelei a participação dele naquele dia.

Era difícil entender, num primeiro momento, a ideia de que "o mundo mudou" ou estava mudando naquele momento. Hoje, penso naquela sucessão de eventos como algo tão grandioso que pode dividir a modernidade em pós-modernidade, ou modernidade diluída. É preciso comparar com coisas grandiosas como a revolução francesa ou a descoberta de que a terra não é chata.

Recebi de um grupo de estudantes um questionário por e-mail. Várias perguntas a respeito de religião, algumas sobre filosofia. Lá pelas tanta lembrei de 11 de setembro imediatamente. E imagine que a maioria desses estudantes ainda usavam fraudas em 2001. Eis a questão e minha resposta:

Qual a tua compreensão de diálogo inter-religioso? Como ele acontece atualmente? (cite exemplo positivos e negativos)
O processo de diálogo entre as religiões foi tenso durante toda a história da humanidade. A simples ideia de que existe um deus único e três religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) centrais pregando deuses-únicos com personalidades e vontades inteiramente diferentes é a prova indelével de que nem todos podem estar certos sempre. Por sorte, o debate tem adquirido um tom mais ameno e vários líderes de muitas religiões influentes já têm pregado o respeito à crença alheia. Por outro lado, a tensão nunca deixará de existir. A prova mais recente disso está marcada na história da humanidade com a morte de milhares de pessoas em 11 de setembro de 2001. O mundo nunca mais será o mesmo, porque ficou explícita a tensão, não apenas religiosa, mas cultural-religiosa que polariza o planeta. É difícil imaginar um fim positivo para histórias que partem eventos tão duros e chocantes.









Para finalizar, a foto do Trapo, um gato fofinho que vai alegrar seu dia.

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