sábado, 23 de março de 2013

Maciel versão 2.0.13 (ou a volta do séc. XIX)

Agora que eu terminei o mestrado, vou voltar a ser escriba de jornal periódico. Diário, mais especificamente. Mais especificamente ainda: um utilitário, pois circula nos dias úteis. Sábado e domingo é uma edição conjunta. Para mim, será fácil porque:

a) escrevo todos os dias, mesmo que não me paguem para isso;

b) nasci jornalista, e só fiz graduação e mestrado em filosofia porque me disseram que eu não podia;

c) quero muito deixar de ser estudante profissional e voltar a ter carteira assinada; voltar para a roda da produtividade: a engrenagem que move o Brasil varonil.

Será difícil, porque:

a) vou trabalhar em um diário numa cidade em que nunca vivi antes; precisarei conhecer a cidade, bairros e vilas para fazer boas pautas;

b) vou enfrentar burocratas e sindicalistas para trabalhar sossegado; se precisar, espancarei alguns deles (mesmo que não pareça, eu detesto entrar em vias de fato com as pessoas);

c) vou trabalhar com um estilo de redação absolutamente objetivo. Algo que exige um poder de síntese bastante desenvolvido, mesmo de pessoas objetivas como eu.

Quando paro para me autoperguntar se o jornal de papel está morto, sempre fico em dúvida. É uma ideia estranha para as gerações de hoje em dia, algo que é produzido ontem, impresso durante a madrugada de hoje, distribuído manualmente durante as primeiras horas do dia, lido durante a manhã e, a tarde, só serve como papel para embrulhar peixe. Sinceramente, não sei como reagir a essa ideia. Só sei que sei fazer esse processo. E farei.

Quem gosta de mim pode me desejar sorte. Quem não gosta pode fazer a macumba que quiser.

A imagem que me vem a mente para resumir um jornal impresso é essa:

 

Um comentário:

Vani disse...

Sorteeeeeeeeeeeeeeeee!!!!! Muita, muita, muita mesmo!!!