Agora que eu terminei o mestrado, vou voltar a ser escriba de jornal periódico. Diário, mais especificamente. Mais especificamente ainda: um utilitário, pois circula nos dias úteis. Sábado e domingo é uma edição conjunta. Para mim, será fácil porque:
a) escrevo todos os dias, mesmo que não me paguem para isso;
b) nasci jornalista, e só fiz graduação e mestrado em filosofia porque me disseram que eu não podia;
c) quero muito deixar de ser estudante profissional e voltar a ter carteira assinada; voltar para a roda da produtividade: a engrenagem que move o Brasil varonil.
Será difícil, porque:
a) vou trabalhar em um diário numa cidade em que nunca vivi antes; precisarei conhecer a cidade, bairros e vilas para fazer boas pautas;
b) vou enfrentar burocratas e sindicalistas para trabalhar sossegado; se precisar, espancarei alguns deles (mesmo que não pareça, eu detesto entrar em vias de fato com as pessoas);
c) vou trabalhar com um estilo de redação absolutamente objetivo. Algo que exige um poder de síntese bastante desenvolvido, mesmo de pessoas objetivas como eu.
Quando paro para me autoperguntar se o jornal de papel está morto, sempre fico em dúvida. É uma ideia estranha para as gerações de hoje em dia, algo que é produzido ontem, impresso durante a madrugada de hoje, distribuído manualmente durante as primeiras horas do dia, lido durante a manhã e, a tarde, só serve como papel para embrulhar peixe. Sinceramente, não sei como reagir a essa ideia. Só sei que sei fazer esse processo. E farei.
Quem gosta de mim pode me desejar sorte. Quem não gosta pode fazer a macumba que quiser.
A imagem que me vem a mente para resumir um jornal impresso é essa:
Um comentário:
Sorteeeeeeeeeeeeeeeee!!!!! Muita, muita, muita mesmo!!!
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