sexta-feira, 22 de junho de 2012

Filme: habemus papam

A língua italiana, por questões que dizem respeito diretamente ao Império Romano, foi a mais resistente a morte do latin. Baita coisa isso. Só de imaginar plurais em i já me dá um pouco de arrepio. Bueno.

Essa semana, eu vi Habemus Papam. Pelo menos, uma dúzia de idiomas foram usados para gravar o filme. É difícil um roteiro pensado para ser uma comédia não desembocar em preconceitos meio idiotas. Acho que a última comédia que vi desse tipo foi Aconteceu em Woodstock. Geralmente, as comédias são carregadas de coisas que só fazem sentido se a gente forçar a barra com os esteriótipos. O diretor de Habemus, Nani Moretti, interpreta um personagem central dentro da baderna toda de um conclave. Passa-se que foi escolhido o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Um dos eventos mais tradicionais e cafonas da igreja. E olha que a disputa para eventos cafonas é grande entre os católicos. A partir disso, segue-se a ladainha de sempre para anunciar o nome do novo papa. Pois, o escolhido é um cardeal do baixo clero e ele entra em crise por causa da "escolha de Deus". O Moretti entra em cena como um psicanalista que, utilizando métodos totalmente contestados pela fé, tenta ajudar o santo padre. Rola umas discussões existenciais que fazem todo sentido como forma de piada, mesmo que não signifiquem nada para uma ciência operante. O psicanalista é obrigado a ficar dentro do prédio do Vaticano, até que o novo papa seja oficialmente anunciado. É tão tenso que vira comédia: um psiquiatra tentando controlar mais de uma centena de padres, freiras e cardeais. Todos confinados, enquanto o papa busca "encontrar seu eu". Não faz sentido algum aqui, mas os psiquiatras juram que faz. O trailer está aqui, mas eu preferi colocar no Capeta a Mercedes Sosa cantando!! É a parte que eu chorei, então deve ser a coisa mais importante do filme, suspeito.

Vi agora que é preciso assistir no youtube por causa dos direitos autorais. Eis o link.


Nenhum comentário: