domingo, 14 de novembro de 2010

A Famosa Bettie Page

Hoje vi o filme da Bettie Page (2007). Ainda não parei para raciocinar direito. Ela virou a América de cabeça para baixo nos anos 50. Se a revolução sexual pudesse ser resumida em um nome, seria Bettie Page. Enquanto os biquínis ainda pareciam cortinas, ela já fazia fotos de bondage. O filme, dirigido por Mary Harron, tem várias chaves de leitura. Mas a sensibilidade com que foi feio não permite o mono-olhar do fetiche que Page provocou em nove, entre cada 10 homens (provavelmente o décimo fosse preferir os outros nove). Trata-se de um filme sensível e irreversível. Raras vezes, um filme biográfico conseguiu ser tão abrangente. Page foi uma figura tão comum que atingiu os maiores níveis do esquisitice. A produtora para qual ela trabalhou, a Pin-up, também acaba sendo parte importante no filme. A luta do mercado editorial erótico da metade do século passado não foi fácil. Se isso não fosse suficiente, Gretchen Mol nunca esteve tão perfeita. Um desavisado pode confundir a atriz de "Os Indomáveis" com a própria page.


Nenhum comentário: