Jayme Copstein, do seu site profissional
Brasileiras e brasileiros, rejubilai-vos!... Zé Sarney Primeiro e Único decidiu nos salvar da crise mundial e candidatou-se à presidência do Senado. Comovedor o seu desprendimento, deixando de pensar “no próprio bem-estar para prestar um serviço ao país”. (palavras textuais)
Zé Sarney tem no currículo uma inflação de “miles” por cento, o que, com toda a certeza, o credencia a tão nobre e relevante missão. Jamais houve governo como o dele na história deste país, como poderia ter dito Lula, também, Primeiro e Único, mas não disse porque como todos sabemos o inimigo de ontem é o aliado de hoje e incógnita de amanhã.
Nem mesmo Zé Sarney leva a sério suas próprias palavras, mas, por mais que estrile seu aliado, o também candidato Tião Vianna do PT, com toda a certeza será eleito. Ao se tornar o terceiro na linha da sucessão à presidência da República, Sarney faz duas apostas: em que a crise ao atingir o auge possa derrubar Lula e nas dificuldades do vice-presidente José Alencar assumir o Planalto na emergência. Além das apostas, manda recado à Lula sobre 2010 – apoio do PMDB só sob certas condições. Mesmo com luvas de pelica, o recado é duro – a candidatura de Tião Vianna deve ser retirada: “Não queria que houvesse disputa. Muito melhor se tivéssemos uma candidatura de unidade”.
Vianna reagiu com veemência: “Ele cometeu mais uma indelicadeza ao sugerir que eu renunciasse”. Não entendeu o espírito da coisa. Lula sabe do que Sarney está falando. Em sua reeleição, quando percebeu que sua popularidade não se traduzia nas urnas e ele não venceu no primeiro turno, teve de sair correndo com um simbólico saco de cinzas na cabeça para conseguir transferir 10 milhões de votos da conta de Alkimin para a dele. Ou entra na cabeça de alguém que, sem nenhuma outra causa aparente, meros discursos fazem dez milhões de eleitores mudar repentinamente de opinião?
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