terça-feira, 5 de agosto de 2008

Fase: estado consegue ter gasto ainda mais escabroso

Everton Maciel, de Pelotas

Daria para pagar duas faculdades de medicina e sobraria grana para o choppinho. Daria para mandar dois filhos estudarem na Europa. Daria... pena que no Brasil a matemática é outra.

O jornal Zero Hora fez um levantamento nos 10 estados mais populosos do Brasil. A intenção foi avaliar os gastos com as Fase’s. Segundo os números apurados, na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul o custo de atendimento de cada adolescente no Estado é de R$ 4,5. O gasto do Rio Grande do Sul só é menor que o aplicado no Pará, onde o governo desembolsa R$ 4.672.

O gasto gaúcho é superior, inclusive, ao do Estado que registra a maior população cumprindo medidas socioeducativas. São Paulo desembolsa mensalmente uma média de R$ 3,2 mil por interno.

O levantamento apontou que o valor gasto com cada interno pelo governo gaúcho é superior à média nacional, estimada entre R$ 2 mil e R$ 4 mil pela presidente do Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de Entidades Executoras da Política de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fonacriad) e diretora do Departamento de Proteção Social Especial de Roraima, Ana Laura Menezes de Santana.

Dos 10 Estados consultados por Zero Hora para montar o ranking, quatro não informaram o custo per capita de cada adolescente internado: Ceará, Paraná, Pernambuco e Rio de janeiro.

Os dados do levantamento não incluem as despesas administrativas das fundações ou dos departamentos responsáveis pela aplicação das medidas em cada unidade da federação.

"Mais importante do que o custo de cada interno, é o índice de recuperação, de efetividade do projeto. Podemos gastar mais de R$ 4 mil, mas temos de garantir que esses jovens se ressocializem", avalia Ana Laura.

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