segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

DO CAPITAL

Jonas Silva

EM QUEDA: Com queda generalizada que atingiu 18 em 27 ramos pesquisados, a produção industrial caiu 1,8% em novembro do ano passado, na comparação com outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de novembro mostra uma queda expressiva em relação ao mês anterior, quando a produção havia apresentado expansão de 3,3%. Na comparação com novembro de 2006, houve crescimento de 6,7%, e no acumulado de janeiro a novembro de 2007 a taxa de expansão da indústria foi de 6%. O principal impacto negativo na produção industrial de novembro veio da indústria automotiva, que teve queda de 3,9%, após um crescimento de 7,7% em outubro.

NÚMEROS PARA 2008: Não é numerologia (embora no mercado financeiro possa pesar como tal). Acontece que os analistas de mercado ajustaram as previsões dos principais indicadores da economia brasileira. Em relação aos juros, a aposta é que a taxa Selic irá terminar 2008 em 10,75% ao ano. Hoje ela está em 11,25% ao ano. Quanto à inflação, os analistas esperam que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) deste ano chegue a 4,30%. Para a produção industrial, para 2008, a projeção foi elevada de 4,50% para 4,60%. Pelas previsões, devem ficar abaixo do previsto para 2007, de 5,89%.

FAZENDO AS CONTAS: O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fez as contas e concluiu que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência (como prevê a Constituição Federal), seria de R$ 1.803,11, em dezembro. A quantia equivale a 4,75 vezes o valor do salário mínimo e quase R$ 80 a mais que o apurado em novembro, de R$ 1.726,24. Em tempo, este cálculo não está na agenda da comissão da Câmara que estuda o aumento do salário mínimo para abril deste ano.

A BOA DE 2007: Não estou falando da modelo da propaganda de cerveja (muito menos da cerveja, é claro). Estou falando da combinação de dois indicativos da economia brasileira: crescimento do PIB de 5,3% com inflação de 4,3%. Embora o Lula e FHC queiram os méritos pelo atual estagio da economia brasileira, cabe dizer que isso é fruto da política econômica, que nasceu com o Real, em 1994, e, é mantida até hoje. A relação entre dívida pública e PIB caiu, ou seja, estamos menos endividados.

Nenhum comentário: