quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Um chicle a menos: uma atenção a mais

Claudiomiro Sorriso

Tanto se fala que qualidade é necessária, imprescindível, que faz parte das organizações, que é uma ferramenta indispensável nos dias atuais, etc... etc... mas, para muitas empresas, é um tema fora de cogitação.

Enviei um e-mail para uma multinacional observando o fato de que, de vez em quando, era "premiado" com um chiclete a menos em meu pacote. Algo do tipo: "alguém sem ter o que fazer, entende?". Mas minha intenção era traçar um parâmetro, já que, dias desses, um amigo queixou-se do mal atendimento de uma empresa local diante de uma reclamação que pretendia fazer. Segundo ele, ainda aguarda o retorno. Um retorno que, ele sabe, nunca chegará.

Pois então, para minha surpresa, recebi da tal multinacional um retorno via e-mail do departamento de atendimento ao consumidor pedindo mais detalhes para que pudesse registrar "minha reclamação" no sistema. Pediu-me o nome completo, endereço e telefone. Respondi, dizendo que não estava reclamando de um chicle a menos – que besteira fui fazer né? – mas sim, observando que, para uma empresa do porte deles, era curioso o fato de, por algumas vezes, perceber aquela pequena "falha".

Enquanto meu amigo voltava a dar novas notícias sobre sua reclamação, alegando que isto é sempre assim, que é bem das empresas agirem deste modo, que só pensam em vender, só pensam no lucro, e para o cliente nada, etc... – que cara chorão, não parece? – recebia uma ligação ao celular. No outro lado da linha, uma voz feminina, com um sotaque mineiro identifica-se: era a Adams do Brasil, que, além de se desculpar pelo ocorrido, me explicava sobre os procedimentos de qualidade da empresa e que fatos assim não deveriam acontecer.

Pôxa!

Foi apenas um chicle a menos! Além de ser ouvido recebi naquela semana, via Sedex, um pacote do meu Plets preferido.

E meu amigo? Passou a comprar no concorrente, que lhe ofereceu a atenção devida e, para não perdê-lo, grudou como chicle no sapato dele.

Qualidade no atendimento é imprescindível sim, desde o "olá, o que era para você?!" até a hora do "volte sempre!". O concorrente mais próximo sabe disto.
"...não importa o retorno, o importante é que eu fiz...."

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