No último final de semana, tive o prazer de entrevistar uma lenda viva do jornalismo brasileiro, o paulista Boris Casoy. Ele conversou com os ouvintes da Rádio Noroeste sobre o jornalismo no Brasil e na América Latina. O homem Boris, por trás do bordão "isso é uma vergonha", também entrou em pauta. Como já havia feito publicamente, Casoy voltou a cobrar sua ex-emissora, a Record:
- “A Record é página virada na minha vida. Só quero que me paguem o quê me devem”.
Boris falou também sobre sua nova casa a JBTV, emissora recém comprada pelo Jornal do Brasil:
- “Vamos continuar com muito "isso é uma vergonha". Fiquei um ano parado e tive coceira na língua”.
Com a estréia da emissora, o "Telejornal do Brasil" entrará no ar pela em março. O noticiário irá de São Paulo e será apresentado por Casoy.
Como a conversa que será publicada neste blog na próxima semana foi conseguida com relativa facilidade (e com um empurrãozinho da colega Gabriela Willig, de Passo Fundo), notei que Casoy tem um prazer tremendo em falar com jornalistas mais jovens e transmitir um pouco de sua experiência. Fiquei curioso e perguntei sobre isso. Ele disse que gosta de ter contato com o público em geral, mas, especialmente, com estudantes, porque são futuros jornalistas e a universidade sempre chamou sua atenção.
Diante disso, questionei Boris sobre sua posição com relação a polêmica necessidade de diploma especificamente em jornalismo para a exercer a profissão. Ele foi taxativo:
- “Sou contra! Jornalismo é profissão intelectual. Não é uma técnica qualquer. No entanto, sou a favor das escolas. Elas podem polir grandes pérolas. Mas obrigatoriedade é atraso de vida! Se as escolas são tão boas essas pessoas terão mais acessibilidade ao mercado”.
Concordo com ele. Protecionismo barato de sindicalistas incompetentes é coisa de quem tem que estar preocupado com seus empregos mesmo. Pela incompetência, não pelo diploma.
- “Daqui a pouco vão pedir diploma especial para escritor!” completa Boris.
A entrevista completa com Boris Casoy você confere nesse blog, na próxima semana.
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