Podemos considerar etnocêntrico todo olhar que brota de uma cultura alheia e, ao invés de tentar compreender a nova realidade proposta, observa-a com as vistas do curioso, do apeculiar, não com um interesse verdadeiro de compreender. Podemos chamar de etnocêntricas as redes de comunicação de massa. Quando elas observam o interior do Brasil, o fazem com esse olhar. Cabe a impressa do interior cobrir essa lacuna. O jornalista que está nos rincões da nossa sociedade possuí a obrigação de empreender a realidade da qual faz parte. Podemos ver, então, a importância dos diversos profissionais da imprensa que trabalham em veículos locais ou atuam como correspondentes, mantendo o resto do Estado, ou até País, informado sobre o as coisas que andam acontecendo por aqui.
Visivelmente, os veículos com projeção nacional não podem ser considerados, efetivamente, “nacionais”. Nos grandes centros suas coberturas se destacam. Cada um com seu jeito, todos acabam cumprindo seus papeis. Todavia, grande parte do Brasil fica à margem dessa cobertura. Compreende-se a real influência social que as notícias provenientes das capitais dos estados e da capital federal, Brasília, exercem sobre os cidadãos, inclusive, os interioranos. Mas, apesar do processo migratório das décadas de 70 e 80, a maior fatia dos brasileiros continua vivendo no interior. Segundo o IBGE, cidades com menos de 100 mil habitantes são responsáveis por 49% do total da nossa população. Neste contexto, mais da metade vive em cidades com até 200 mil habitantes. No entanto, pessoas como nós acabam caricaturadas: merecendo destaque na impressa dita nacional somente quando um homem abriga um urubu como animal de estimação, pensando ser um pato. Ou quando uma cadela, no longínquo “sabe-se-lá-onde”, dá de mamar a tigres. Se os nossos amigos da chamada “grande imprensa” tentassem compreender nossas realidades regionais veriam que pessoas com pouco (por vezes nenhum) acesso a informação confundem gambás com raposas a todo momento. Enquanto isso, em um outro potreiro, gatos famintos e abandonados são adotados por cadelas. Para nós, isso acontece sem maiores surpresas. Mas, para a “grande imprensa” o destaque é o curioso ou, de preferência, o ridículo.
No meio desse processo estão os responsáveis por manter nossas comunidades conectadas ao resto do planeta e, antes disso, ligadas a sua própria região. Esses profissionais, jornalistas e radialistas, não caçoam do sotaque carregado de um agricultor, nem acham engraçado quando alguém cria no pátio um lagarto, pensando ser uma igüana. O trabalho não é mostrar o fetiche dos relacionados nos mais diferentes fatos, mas tentar contribuir para solucionar os problemas das comunidades. Afinal, como vimos, esses profissionais também fazem parte dessa realidade e, consequentemente, também, são interessados na evolução dela.
Tornar o interior um lugar bom para se viver faz parte do papel da impressa.
Visivelmente, os veículos com projeção nacional não podem ser considerados, efetivamente, “nacionais”. Nos grandes centros suas coberturas se destacam. Cada um com seu jeito, todos acabam cumprindo seus papeis. Todavia, grande parte do Brasil fica à margem dessa cobertura. Compreende-se a real influência social que as notícias provenientes das capitais dos estados e da capital federal, Brasília, exercem sobre os cidadãos, inclusive, os interioranos. Mas, apesar do processo migratório das décadas de 70 e 80, a maior fatia dos brasileiros continua vivendo no interior. Segundo o IBGE, cidades com menos de 100 mil habitantes são responsáveis por 49% do total da nossa população. Neste contexto, mais da metade vive em cidades com até 200 mil habitantes. No entanto, pessoas como nós acabam caricaturadas: merecendo destaque na impressa dita nacional somente quando um homem abriga um urubu como animal de estimação, pensando ser um pato. Ou quando uma cadela, no longínquo “sabe-se-lá-onde”, dá de mamar a tigres. Se os nossos amigos da chamada “grande imprensa” tentassem compreender nossas realidades regionais veriam que pessoas com pouco (por vezes nenhum) acesso a informação confundem gambás com raposas a todo momento. Enquanto isso, em um outro potreiro, gatos famintos e abandonados são adotados por cadelas. Para nós, isso acontece sem maiores surpresas. Mas, para a “grande imprensa” o destaque é o curioso ou, de preferência, o ridículo.
No meio desse processo estão os responsáveis por manter nossas comunidades conectadas ao resto do planeta e, antes disso, ligadas a sua própria região. Esses profissionais, jornalistas e radialistas, não caçoam do sotaque carregado de um agricultor, nem acham engraçado quando alguém cria no pátio um lagarto, pensando ser uma igüana. O trabalho não é mostrar o fetiche dos relacionados nos mais diferentes fatos, mas tentar contribuir para solucionar os problemas das comunidades. Afinal, como vimos, esses profissionais também fazem parte dessa realidade e, consequentemente, também, são interessados na evolução dela.
Tornar o interior um lugar bom para se viver faz parte do papel da impressa.
Everton Maciel
2 comentários:
não me mandem emails! comentem aqui!!
Pena que em nome de uma imparcialidade ipocrita deixa de cumprir seu papel fiscalizador. Dece sim ser ética, mas ter lado, o da verdade.
Sem contrar os veiculos que vivem as custas do poder publico. Veiculo privado com conteudo estatal - nos casos municipal.
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