Recentemente, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre promoveu uma alteração que, sancionada pelo prefeito, está valendo: a Castelo Branco, uma das principais vias de acesso à Capital foi rebatizada com o nome de "Avenida Da Legalidade e da Democracia". A alteração tem motivos evidentes: Castelo Branco foi ditador e blá-blá. Agora, o repórter que passa o boletim de trânsito na rádio fala assim: "Trânsito lento na avenida da Legalidade, antiga Castelo Branco, na direção capital-interior". O coitado precisa assumir esse papel ridículo para não ser incompreendido.
Sou contra batizar qualquer coisa pública com o nome de qualquer herói do passado, presente ou futuro. Heróis são invenções do positivismo, o primo pobre do nacionalismo. Procuramos heróis por incompetência própria. Os coitados não têm culpa. Nem Castelo Branco, nem Brisola têm culpa.
É uma mania internacional. Os logradouros deveriam se chamar "rua das rosas", "avenida dos bancos", "praça dos enxadristas". Ninguém sóbrio chama a Redenção de Parque Farroupilha, só porque um grupo de revisionistas históricos mal-intencionados convenceu um grupo de vereadores mal-alfabetizados disso na década de 70. A história não é mãe. É madrasta. Só não nota isso quem não quer. Ou é do grupo dos mal-intencionados ou dos mal-alfabetizados. O caso dos nossos revisionistas e vereadores.
Estivessem os vereadores preocupados em solucionar o problema do congestionamento capital-interior, interior-capital, eu não precisaria ter gasto cinco minutos da minha vida escrevendo isso com os pés.
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