quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Bagé, 14 de agosto de 2013

Estou escrevendo de Bagé, no coração da campanha gaúcha. A impressão geral é de uma cidade igual Pelotas, mas menor. Vim dar uma palestra sobre direito dos animais. A julgar pela quantidade de plantação de churrasco que eu vi no caminho de Porto Alegre para cá, devo ter dado sorte de não ter sobrado tempo para questões. Ou seria apedrejado ou haveria algum argumento do tipo "devemos proteger os animais porque eles são super fofuchos". Sempre tenho a impressão de que dá sorte não sobrar tempo para perguntas.

Tive dificuldades de encontrar uma cafeteria na cidade e me confundi com o horário da palestra. Quase que me atraso. No mais, tudo normal. Comprei uma cachorro-quente na rua bastante saboroso, mas o pão parecia ser meio velho. Todo pão prensado tem cara de velho. Deve ser por isso que se prensa tanto pão. Detesto passar fome, como igual. Tive a impressão de que a moça da portaria do hotel não foi com a minha cara. Não há água quente, mas a temperatura é de 6ºC. Mesmo assim, me obrigo a tomar banho porque saí de Porto Alegre sem o fazer.

Deixando esses detalhes de lado, tive uma vinda bastante receptiva com um público bom. Esperar mais de 20 pessoas num evento de filosofia é ingenuidade. Mas os organizadores do evento são homens de grande estirpe e interessados em contribuir com o universo acadêmico. Isso vale mais que o público. Houve até transmissão pela internet.

Não sei porque escrevi isso, levando em conta que minha vida pessoal é absolutamente desinteressante.

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