Considero a maior vantagem do liberalismo sobre o igualitarismo o fato de a liberdade poder ser testada até suas últimas consequências, o que só incidirá nos direitos individuais dos outros quando estiver próximo disso.
Publiquei um novo texto no Papo de Homem. É uma lista arbitrária sobre mulheres que (arbitrariamente, certo?) são relevantes do ponto de vista estético para a vida masculina.
Disparado sou o escritor que mais é acusado de machismo entre os que publicam com alguma regularidade no site. Isso se deve a um evento muito maluco que consiste no seguinte: a internet e o Domingão do Faustão se assemelham em puritanismo. Tudo bem você mostrar bunda na TV; não pode é falar "bunda" ao vivo num domingo à tarde. Aqui é assim também. Somos um grande e chato domingo à tarde. A corda do moralismo barato come frouxa por esses lados. Mostre uma bunda e terá várias pessoas olhando a bunda em silêncio. Explique porque essa bunda é assim ou assado e terá um grupo reacionário na sua cola, gente que perdeu o horário da missa e ficou em casa vendo The Big Bang Theory.
Minha lista arbitrária de mulheres relevantes parte de um pressuposto indiscutível: todas as listas são arbitrárias. As listas da Forbes são arbitrária; a lista da revista Time também é. Minha lista é igualmente arbitrária. Mas, pelo menos, eu aviso. Encerro com uma observação de um leitor, lá nos comentários do texto, sobre alguém que julgou minha lista arbitrária demais. Ele disse que meu crítico pode "produzir a sua lista arbitrária, com os arbítrios que quiser cometer. Afinal, a lista será sua". Parece simples, né? Lá podem estar nomes óbvios como o da Dilma Rousseff, Margaret Thatcher, Michelle Obama e tantas outras obviedades que dariam sono de ler.
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