O que mais me deixa feliz no Brasil é nossa capacidade geral de otimizar nossos ícones culturais. Por exemplo, da boquinha da garrafa da década de 90 (e, entre aqueles perto dos 30, só os mentirosos não desceram na boquinha da garrafa), até hoje, nós evoluímos muito. Do pagode, passamos pelo axé e chegamos ao funk carioca.
Hoje, nosso eventos culturais são vendidos incluindo fogos de artifício e até cenas de sexo ao vivo. E isso é genial! Fosse eu um visionário, teria notado esse inevitável progresso ainda na década de 90. Hoje, com certeza, estaria rico. Na minha condição de medíocre, resta-me admirar os reais empreendedores da nossa cultura. Idolatro eles sem remorsos, porque medíocres, como eu, não sentem remorsos.
Medíocre é a classe média reunida em um belo meio-dia de domingo para admirar o maior carro e, internamente, dizer para si mesma quem é o primo mais rico, ouvindo muita cultura popular brasileira:
Já o povo... Ah, o meu querido povo! Muito mais honesto. Muito mais sensível aos avanços. Muito menos falso pudor:
Nossos programas infantis, fazendo escola desde a década de 90:
Um comentário:
Matou a charada meu camarada. Disse tudo e não está prosa. A cultura, ah, a cultura.Que loucura!!
Estou cada vez mais decepcionado com a nossa cultura atual.
Precisamos fazer algo URGENTE meu camarada, ou a geração popular atual nos ESMAGARÁ.
deJuarezMT
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