quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pedabobos no verão de 40 graus

A cada dia que passa a conclusão é mais precisa: a humanidade precisa ser exterminada para o bem do universo. Nesses dias cretinos de verão, sobrou para minha famigerada existência a tarefa de levar meu sobrinho, 6 anos, na piscina do clube aqui perto de casa. O público do estabelecimento é composto de 95% de crianças. Os outros 5% são totalmente ocupados pelo tamanho da minha indignação. Rasteja no esgoto o senso de civilidade da educação desse país de atoleiros. Precisamos de pais adotivos da Coréia do Sul ou coisa do tipo. A "geração d", de divórcio, como apelidei os little bastards nascidos a partir da década de 90, são o que há de pior em termos de humanidade. São o esgoto. A sujeira. Educar é um verbo que não pode mais fazer parte dos nossos vocabulários. A partir de hoje, eu adestro.

O resultado de estarmos em um estado de civilização tão medíocre remonta ao fato de ainda existirem nesse país pedabobos. Alguém precisa ser culpado. Um grupo de pessoas, nesse caso. Afinal, quando há muitos culpados, ninguém é culpado. Logo, precisamos ser bastante pontuais quando o assunto é culpa. Cada vez que eu vejo na televisão um pedabobo - ou padre, pois incluo todos os religiosos no grupo de educadores - minhas gengivas sangram e minha boca se enche de ódio. Eles não cansam de valorarem a cretinice "Tradição, Família e Propriedade". Como se tivesse a mínima noção do que significa cada um desses conceitos. "A importância da família", disparado, é o assunto que mais deve gerar revolta em um ser humano com a mínima razoabilidade.

Dias atrás, vi uma "educadora", ligada a alguma corrente xiita, claro, defendendo a necessidade de darmos "prazos mais lúcidos para a alfabetização". A cretina advogava em favor de uma alfabetização até os 10 anos de idade. Antes de aprender a ler, um desses little bastards já fez todas as outras coisas que sua famigerada existência comporta. Muito provavelmente, teve contato com tudo que há de errado e nefasto nos arredores do seu bairro, mas não terá nenhuma proximidade com as letras do alfabeto.

Qualquer reclamação de agressão em sala de aula de professores por parte de alunos não é mera coincidência.

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