segunda-feira, 18 de julho de 2011

Perguntas para o 190 da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul

Não gosto de tratar de assuntos sérios aqui. Mas o blog é meu e eu faço o aquilo que eu quiser e bem entender. Ninguém paga para acessar; nem para deixar de acessar.

Noite passada arrombaram a casa de um grande amigo. O coitado se oitavou trancafiado num canto e tentou ligar, pelo celular, para a gloriosa Brigada Militar - aquela mesma da Revolução Federalista de 1893, defensora da moral republicana. Por volta das cinco horas da madruga, ouviu uma soldado da Brigada Militar lhe informar que haviam duas viaturas em patrulhamento na cidade de Pelotas. Ambas ocupadas. Repetirei: duas viaturas fazendo atendimento em toda a cidade de Pelotas e atendendo seus quase 300mil habitantes. Tenho pavor de causo mal contado. Sejamos benevolentes e façamos de conta que as duas viaturas fossem destinadas para a região onde meu amigo se encontrava. Por via das dúvidas, desconfio da informação das duas viaturas. Independente disso, de qualquer forma, a BM não deu as caras para prestar auxílio. Invadiram a casa do moço e o resto não preciso contar. Sorte dele estar bem escondido. Depois que passou o furduncio, feito o devido estrago na residência, os vizinhos aguardavam na porta. Segundo eles, testemunhas oculares do ocorrido, também tentaram acionar a BM sem sucesso.

Pergunta A: não há protocolo de atendimento pelo telefone 190 por algum motivo específico?

Pergunta B: pode o vivente registrar a conversa com a atendente, gravando-a, e processar o Estado por negligência?

Pergunta C: quem diabos disse que a atendente tem o direito de dar qualquer desculpas a respeito da falta de efetivo, comprometendo a instituição?

Pergunta D: os soldados da BM são treinados por chipanzés, com pós-graduação na Marina Paraguaia?

Pergunta E: se eu prendo fogo e mato um cretino que invade minha casa, o Estado do Rio Grande do Sul se responsabiliza pelo recolhimento do corpo?

Sem mais, meritíssimo.

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