quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Não pare

Ninguém tem o direito de não ser ofendido. Enquanto os politicamente corretos reviram latas de lixo para reciclagem, há outros safados pensando em mudar o nome do conto "Negrinho do Pastoreio" para "Afrodecendentezinho do Pastoreio". Há cretinos que querem que a cantiga "Atirei o Pau no Gato" adote o verbo atirar negativamente. A personagem Emília, de Monteiro Lobato, para os pervertidos intelectuais, apronta muitas travessuras e precisa ser condenada ao ostracismo literário. Os comedores do pão mofado da Tradição, Família e Propriedade não morreram de diarréia mental. Eles organizam-se em grupos e só são identificados pelos mais atentos. Não baixe a guarda: nesse momento há alguém colando adesivos para identificar sua família nuclear na traseira do carro. Para eles, cafona é quando apenas um indivíduo resolve usar bochete. Famílias tem senso de bando. Bandidos não só andam em bando. Também pensam em grupo. Lembre-se: enquanto você pensa, há um pedagogo lendo Paulo Freire esperando pra atacar uma criança perto da sua casa. Não pare de pensar.

2 comentários:

Caroline T.S. disse...

ever, bochete ou pochete?

Everton Maciel disse...

Tche. No meu Aurelhinho aqui não tem nenhum, nem outro. Acho que pode ser pochete, sim. Levando em conta que a palavra pode ter vindo de "pocket". Mas tem que conferir.