Provavelmente, o primeiro preconceito foi motivado pela desconfiança mútua. Nosso senso de auto-proteção deve ter empolgado esse sentimento primário, ainda muito distante dos preconceitos que atingiram, posteriormente, os homens civilizados.
Hoje, o supermercado de preconceitos é grande. O que está aumentando é a cara de pau generalizada. Essa onda "politicamente correta" só serve para arrebentar a nossa cabeça e vestir muito bem a camuflagem nos preconceitos socialmente relevantes.
Um dia, decidi que todos os meus preconceitos poderiam ser tornados públicos. O motivo é simples: eles não são relevantes. Minha lista de preconceitos é grande. Se todas as pessoas que têm preconceito com emo, leitor do Crepúsculo e freguês da Igreja Universal do Reino de Deus tivessem a hombridade de expor seus preconceitos, não tenho a menor dúvida que os preconceitos que realmente afetam a sociedade diminuiriam. Xenófobos, homofóbicos, racistas e especistas estariam encurralados. Sem a capa politicamente correta, com preconceitos públicos e visíveis, conheceríamos a verdadeira cara da miséria intelectual que nos condena ao obscurantismo moral, social e político.
Um comentário:
interessante seu texto.
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