O medievalismo mental brasileiro não pensa assim. Quem sabe seja exagero da Folha de São Paulo. Vá! (Pausa para fazer mea culpa da profissão: jornalista médio adora a palavra "polêmica". Escrevem à revelia. Assim como adoram a palavra "caos". Nossa! Provoca orgasmos múltiplos em muita barby de redação. Fim da pausa. Segue o baile) Vai ver os caras da Folha devem ter encontrado a última pedaboba da Era Vitoriana para dizer que o livro da escritora gaúcha Monique Revillon, Teresa, que Esperava as Uvas, "é inapropriado pela grande carga de violência e erotização". Natural de São Leopoldo, Monique escreveu um livro de contos que ganhou o prêmio Açorianos em 2006. Em um dos contos, ela narra um estupro.
O livro foi distribuído para mais de 11mil escolas da rede pública brasileira e servirá de apoio pedagógico para alunos do ensino médio. Leia-se: pequenos delinquentes entre 15 a 17 anos. Pronto. Foi o suficiente para perturbar a mente dos vitorianos.
Perto da adolescência de hoje, menor de idade sou eu.
Não só o livro de Monique merece estar na lista de leitura de estudantes do ensino médio, como a obra da Bruna Surfistinha merece ser comparada com os sonetos de Camões.
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