Júnior Grings, Campos Lindos - TO
Não sou contra qualquer manifestação religiosa, até acho que a religião deve ter um espaço para várias demandas do senso comum. Todavia, esse espaço deve ter limites de sanidade, tolerância e fanatismos. Sou ateu, talvez até cético, e não estou em nenhuma cruzada contra a religião, mas quero ponderar algumas perspectivas que carrego comigo.
Deus é um fenômeno metafísico – do grego meta: além, depois – além do físico, então. Com isso é pouco provável, para não dizer impossível, achar alguma explicação científica para esse fenômeno. O que não prova nada, nem o existir, nem o não existir. Simplesmente é algo que não podemos explicar. O leque aqui abre tanto para crer e quanto para não crer. Não vou comentar aqui as outras formas de crenças, com outros “deuses” ou algo em seu lugar. Se o fenômeno vai além do físico, entra tudo no mesmo saco.
Deus não é o principal pilar da religião. O principal pilar é a fé, um acreditar em (algo), isso que mantém de pé a religião. Se num acaso desses únicos do destino descobríssemos meios de provar a existência ou a não existência de deus, não acabaria a religião nem o ateísmo. A religião está acima de deus. Ela é a soma desse acreditar em (algo), de muitas pessoas. Ela é a fé.
A crença precisa ser espontânea e nenhum dos sacrifícios em prol dela deve prejudicar o andamento da vida de uma pessoa. Religião está virando uma ferramenta de massificação de soluções, ministradas por alguns insanos interesseiros. Esse movimento está tomando uma proporção assustadora e não existe nenhum movimento para combater isso. Tanto por parte dos que não crêem, quanto daqueles que crêem de maneira contida e ajuizada – felizmente ainda a maior parte. A falta de estrutura intelectual da população faz com que ela se torne refém. E os soldados do deus, a qualquer custo, estão se multiplicando. E, acreditem, eles querem chegar ao poder.
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