sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Tonto

Tio Sid Pestano, professor de Filosofia, poeta e tonto

Os olhos embaçados pela visão conturbada;
da insígnia dessa maldição incontestável.
Por que diabos penso?

Estopim da loucura!

Causadora de tontura!

Podre reflexo sem condição
que me faz dar pontapés no ar,
que me torna um escravo de uma colméia
de neurônios e silogismos.

Razão desgraçada!

Doença do animal evoluído
que me proíbe de apenas ser,
De apenas estar.

Erro me torno,
separado,
um leme sem barco,
um fastio reflexivo,

só pode ser pior que o incondicionado existir.

Com o declínio impossível
Só resta o fedor para os que ainda conseguem cheirar
E o isolamento aos que cansaram de falar.

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