domingo, 21 de junho de 2009

Uma Copa além dos estádios

Jonas Silva, de Horizontina

O anuncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 foi comemorada há poucos dias no Brasil com festa e fogos de artifício nas cidades-sedes. Em Porto Alegre, o anuncio da cidade como sede de alguns jogos foi um dos poucos momentos de comemoração para a governadora Yeda que vive um "inferno astral" político. Mas o que ganhamos com isso, nós pobres mortais que quando se trata de futebol não sabemos fazer outra coisa senão torcer e dar palpites?

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas – Projetos (FGV), a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), revelou que a Copa do Mundo de 2014 não vai apenas beneficiar os membros das comissões técnicas, juízes e jogadores. Longe dos gramados, a estimativa é de que vagas de emprego sejam criadas, e não são somente nas cidades que sediarão o campeonato mundial. Conforme o estudo a FGV cerca de 3,6 milhões de vagas de empregos devem ser geradas no Brasil em função do evento. E os empregos não devem ser gerados somente no ano da Copa, agora, cinco anos antes do evento, o mercado de trabalho já está se movimentando, estimulado pelas empresas brasileiras.

A movimentação tem sido mais forte nas áreas de construção civil e marketing. Na construção civil o mercado se movimenta porque tudo deve estar pronto – ou pelo menos, quase pronto – há um ano antes da Copa, quando será realizada a Copa das Confederações (que funciona como uma espécie de ensaio geral para o grande evento). Por isso as obras em estádios, infraestrutura de transporte, hotéis, restaurantes, entre outros devem começar em breve financiadas tanto pelo setor público como pela iniciativa privada. Na área de marketing a busca é por profissionais que atue nesta área para pensar e desenvolver estratégias para aproveitar o período da Copa alavancar os seus negócios. Muitas empresas já estão procurando eventos e jogadores para patrocinar, com o objetivo de estreitar relacionamentos e, no momento da Copa, ganhar mais visibilidade.

Depois de montada toda a infraestrutura e de iniciado o campeonato, entram em campo os profissionais que lidarão com a organização do evento: seguranças, guias turísticos, garçons, camareiras e demais profissionais de menor qualificação serão bastante demandados.
Se engana quem pensa se os empregos desaparecem depois que a taça de campeão for entregue ao campeão – que esperamos sejamos nós. Dependendo de como a imagem do Brasil ficar depois da Copa do Mundo de 2014, podemos ter aquecidos os setores de comércio exterior e de turismo. Assim, muitos empregos podem ser mantidos.

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