terça-feira, 17 de março de 2009

Sede própria e Tape Porã na linha de ação da Cidade Interativa

Clairto Martin, jornalista, poeta e cidadão interativo

A OSCIP Cidade Interativa está instalando sede própria a partir deste mês de março. A entidade, que nem sempre é bem-vista, exatamente por suas posturas combativas, tem também uma série de projetos culturais e sociais em curso ou em trâmite, e a decisão de locar um imóvel para instalar uma estrutura administrativa vem de encontro ao objetivo de fortalecer o trabalho desenvolvido. O prédio em questão é nas imediações do posto de saúde do centro, há uma quadra do mercado público, dotada de equipamentos de informática e sala de reuniões. No mesmo local funcionará também a CEDEDICA, entidade que atua na ressocialização de jovens.

Na mais recente reunião da entidade, além de conhecer a sede e decidir por melhorias na estrutura, que deverá estar aberta à comunidade a partir do dia 20 deste mês, foram também definidas linhas de ações em algumas frentes e apresentados alguns futuros membros.

A OSCIP pretende focar esforços em torno do projeto Tape Porã – Caminho Verde, com algumas ações a caminho. O grupo defende a ideia de transformar a área da via férrea, do centro até Cruzeiro, na entrada à vila Jardim, em uma área de preservação, com espaços para caminhadas, ciclismo, quiosques, opções alternativas de lazer, etc. Para isso, é necessário que o município dê alguns passos e que a comunidade demonstre entusiasmo diante do projeto.

A entidade apresentou um projeto elaborado pelo arquiteto Bruno Faccin há alguns anos, sem que nesse período houvesse avanço de parte da Prefeitura. No entanto, nesse período, na área que é pública e à qual a Administração anterior dizia não poder fazer investimentos ou mudanças sem a devida transferência da RFFSA/ALL Logística, viu-se algumas “inovações”. Uma passarela para pedestres na vila Oliveira, um quiosque campeiro ao lado do pórtico da Oktoberfest, e um belo projeto do Rotary em frente ao quartel. É o que se teme, que pela falta de ação do poder público, a área – nobre e bela – passe a ser utilizada sem um obedecer a um projeto maior e coordenado.

Assim como a comunidade adotou o espaço do Parcão – e que nunca é demais lembrar, queriam transformar em terminal rodoviário -, certamente adotará o Tape Porã. É questão de ousadia administrativa.

Um comentário:

Gerson Rodrigues disse...

Clairto:

"vem de encontro"???? Ai!