Encomendei com o colega Juca Fortes, poeta-inativo do Capeta, uma pequena resenha sobre o vídeo postado abaixo – coloque carregar enquanto lê – assistido por quase 60mil vezes no YouTube, em pouco mais de quatro meses.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está correto em suas palavras. Infelizmente, ele, ainda, não pode ser considerado um ateu, pelo que disse. Quem sabe, Obama se enfileire ao grupo dos agnósticos. Lembre-se, eu disse: ‘quem sabe’.
Seriam muitos elementos bons para uma eleição só: inteligente, moderado e ateu. Uma eleição dessas teria que acontecer em outro planeta. Não nos EUA.
Mesmo assim, o discurso de cinco minutos de Obama é um choque de realidade para boa parte da população americana que ameaça, dia após dia, o secularismo, com suas posições liberais e conservadoras - note que as duas palavrinhas sequer conseguem conviver na mesma frase.
Em determinado momento, Obama diz:
“Que passagem das escrituras deveríamos escolher para nossas políticas públicas? Seria o Levitício, que diz que está tudo bem com a escravidão e que comer frutos do mar é abominável? Ou deveríamos optar pelo Deuteronômio, que sugere apedrejamento aos nossos filhos que se afastam da fé?”, diz ele.
Mais adiante o presidente americano acrescenta críticas ao fundamentalismo bíblico, usando o exemplo do aborto:
“Eu não posso, simplesmente, invocar a vontade divina. Eu preciso explicar porque o aborto viola algum princípio que é aceitável peloas pessoas de todas as fés, inclusive às sem fé alguma. Isso pode ser difícil para os que acreditam na ‘infalível’ Bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas numa sociedade plural não temos outra escolha”, sentencia Obama.
Esperamos que Obama abra mais a boca para falar de religião. Abra mais a boca para pedir que os crentes neuróticos coloquem-se em seus lugares, fechem suas matracas medievais e procurem outra moita para cagar.
Assista ao vídeo sugerido pelo amigo e leitor Jader Giacomelli:
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