Existe a chama do cigarro,
a chama que chama.
Existe a chama da lenha,
a chama que queima.
Existe a chama do querosene,
a chama da pele.
Pele que chama, que queima.
Doce fogo, fel de chama que me chama,
me tornando mel,
Desgraça! velha fome chama.
Não é o fogo, mas o que queima.
Que não me faz chama,
mas, sim, o que queima.
Doce fogo, fel de chama que me chama,
me tornando mel,
Desgraça! velha fome chama.
Não é o fogo, mas o que queima.
Que não me faz chama,
mas, sim, o que queima.
Imagem: Woman with Dead Child, de Käthe Kollwitz (1903)
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