Os Filhos do Positivismo
Júnior Grings, Campos Lindos - TO
Deixo as relações com a tecnologia desse pequeno manuscrito por conta dos leitores do Blog. O assunto parece sem propósito, ou inadequado. Todavia, estou em uma cruzada contra essas “ervas daninhas”. Escondem-se fantasiados em pessoas normais, cultivam, aparentemente, um pensamento moderado, incrivelmente juram fazer parte de um pensamento de vanguarda. No menor vestígio de polêmica, despejam todo o seu verbo, erguem o pavilhão da "amor, pela ordem e progresso", a moral (ou moralidade) sustentando a família. Família que é o alicerce de tudo.
Não tenho problema algum com ordem, moral e família. Nenhum mesmo. Entretanto, qualquer um desses três “elementos” só têm sentido quando se justificam. Sei, preciso clarear isso; começarei pela família: qual o sentido de ter uma família por simples aparência? O que mantém uma família em harmonia é a boa convivência, estabelecer parâmetros ou fazer julgamentos sobre o que é uma família. Trata-se de um ótimo recheio de lingüiça para as pregações. Impor um relacionamento familiar, é por si só não ter uma família.
Ordem? Ordem por ela mesma não quer dizer nada. Podemos dizer sem medo algum: a ordem existe apenas depois de uma convenção sobre ela (ordem crescente, ordem decrescente, ordem aleatória). Existe ordem somente quando tudo está no seu lugar. Exigir ordem é querer que nada se altere, por inferência lógica, com ordem não existe progresso. Precisamos do caos e da crise para formularmos uma nova ordem, consequentemente progredir ou não.
Agora vamos enfrentar a moral. A moral é feita de regras de convívio absorvidas tacitamente. Por isso, temos que ter presente que se a moral vem do convívio, o próprio pode muda-lá. Todo conviver social evoluí. Por conseguinte, a moral vai adequando-se a evolução. Impor conceitos morais é impor contra a convivência. Se ela acontece de forma tácita, as mudanças morais vão acontecendo. Não aceitar isso é não aceitar a própria moral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário