sábado, 25 de outubro de 2008

Segundo turno no meu celular

Everton Maciel, de Pelotas

Ontem, sexta-feira, último dia para a propaganda eleitoral no rádio e na TV, lá pelas 17 h, recebi um telefonema no meu celular. O número não era identificado. Mesmo assim, como sou uma flor-de-pessoa, atendo todos, indistintamente. Mesmo que seja para cobrir quem está do outro lado da linha de desaforos. Só não posso fazer isso quando se trata de uma gravação. E foi, justamente, isso. Uma gravação me disse o seguinte: "Olá, aqui é o candidato Fulano de Tal. Nesse segundo turno, queremos você acreditando em Pelotas..." E lá se foi um minuto do meu tempo...

Claro que poderia ter desligado o celular antes de ouvir as bobagens que ouvi. Mas, só assim, posso informar aqui no blog sobre a ligação que recebi. Viu! Faço tudo pelos leitores do Capeta!

Como os telefones móveis não têm uma lista telefônica, com nome e endereço do proprietário, só existe um meio te conseguir vários contatos de telefones comprados numa mesma cidade: sendo amigo dos donos das lojas que revendem os aparelhos.

Semana que vem, procurarei a empresa que me vendeu esse aparelho em Pelotas. Terei que perder minha elegância com o gerente ou o dono do estabelecimento. Não perco a oportunidade de fazer inimigos. Jornalistas que morrem com muitos amigos são aqueles que não fizerem nada de útil.

Quanto ao candidato: obrigado pelo telefonema. Agora sei em quem não votar.

8 comentários:

Anônimo disse...

Quando você faz um cadastro em uma loja, para um compra ou crediário, você pode até não saber, mas existe uma termo, com o qual você pode concordar ou não, que a loja divulgue seus dados para terceiros. Pelo menos, nas grandes lojas, isso existe. Se você não disser que não quer que divulguem seus dados, eles estarão divulgando, no caso de um convênio ou coisa parecida.
Mas, falando sobre o telefonema, eu acho uma grande jogada, porque você pode não saber, mas o Lula fez isso na campanha de 2002, e nossa, como deu certo! Você pode não gostar, achar idiota, e tudo mais... Mas 61,3% da população brasileira gostou, votou, e em 2006 gostou, e votou de novo.
Só que, em Pelotas, é bem fácil saber em que não votar, é só ver os candidatos e conhecer sobre a trajetória política deles. Não precisa de nenhum telefone para decidir isso.

Sem Papel e Tinta disse...

Lucy, você é uma das situações mais engraçadas a minha vida de blogueiro. Fazia tempo que não via alguém sem a menor noção de tempo e espaço.

Sobre suas convicções políticas: o muro de Berlin caiu. Discutir esquerda e direita é algo do século passado.

Quanto à aprovação do presidente: é evidente que isso não corresponde a votos reais. Mais evidente ainda seria um golpe para um terceiro mandato.

Quanto à ligação no meu celular: eu não autorizei ligação alguma. E, se o PT fez, está errado. Afinal, seu argumento é: se o Lula fez, está certo. Nem uma coisa tem sentido, nem outra. É evidente.

Quanto ao Jr.: ele não mantém nada. É apenas mais um colaborador, como eu. É evidente que não somos um coro monofônico.

Quanto às informações que tu apontas como “erradas": procure uma e me aponte um erro.

Sobre pregarmos o anti-patriotismo: só alguém muito provinciano é patriota.

p.s: é “me poupe”. Não “me polpa”.

Anônimo disse...

Amigo, desculpa pelo meu erro de trocar um "l" por um "u", provavelmente isso deve ter interferido muito na sua compreensão em relação ao que escrevi aqui, pois pelo que eu li logo acima, você não compreendeu porcaria nenhuma. Devo estar com problemas ao tentar me expressar ^^

E menos mal que não tenha sido o Júnior. ;)

Sem Papel e Tinta disse...

Xiita é triste. Mas... a democracia tem dessas cousas.

Anônimo disse...

O capeta não entende nada mesmo! Não compreende o valor das crenças pessoais das pessoas na divindade do partido que escolheram - ou a que foram "chamados".
Quem hoje em dia poderia negar o valor de certo, correto e bom de determinado pertido? Só loucos ou gente que não entende mesmo! Boas risadas me garantem alguns argumentos. Esse do "tu não entendeu nada" é o mais legal deles.

Sem Papel e Tinta disse...

Leandro, por último tenho que ler isso: "você não compreendeu porcaria nenhuma. Devo estar com problemas ao tentar me expressar".

Ou seja: se você não concorda comigo, é porque não me entendeu.

Muito doido. Pare o mundo que eu quero descer, como diz Raul.

Anônimo disse...

Ah cara... Foi mal por ter aparecido aqui. A intenção não foi ruim, mas é foda quando as pessoas levam para o lado pessoal e fazem a gente se sentir mal.

Esquece. Você não entendeu o que eu escrevi, e não é questão de concordar ou não, pelo que você me respondeu percebi que não entendeu mesmo o que eu quis dizer. Aí ficou fazendo piada comigo, mas tudo bem, acontece.


Fui...
:(

Sem Papel e Tinta disse...

Oh, Lucy... não existimos para magoar seu coração. O debate e a maiêutica fazem parte do processo. Todo debate é pertinente. Apenas não pode ser considerado, se for agressivo ou ofensivo. Não é o caso. Acabamos nos comportando como jurados do pensamento, porque é isso que somos. Todos nós. Eu, você, o mal-acabado do Jr. Todos nós. Fiques bem a vontade para participar. Prometo nunca mais responder nada, se não for perguntado. Será um privilégio seu, pequeno beatle. ;)