Everton Maciel, de Pelotas
A colega Caroline Trennepohl, estudante de Direito e Filosofia da UFPel, enviou a decisão sobre aquele caso polêmico de 2004, onde um juiz entrou na justiça contra o condomínio e o porteiro do próprio prédio exigindo ser tratado pelo pronome "doutor". Além disso, o juiz Antônio Marreiros da Silva Melo Neto queria uma indenização, "superior a 100 salários mínimos", por danos morais. O caso foi parar em todos os jornais e causou o maior alvoroço.
O magistrado responsável pelo julgamento, Alexandre Eduardo Scisinio, da comarca de Niterói (RJ), entre outras coisas, escreveu o seguinte na sentença: 'Doutor' não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Leia a decisão na íntegra. O resultado saiu em maio. Desatento, só fiquei sabendo do resultado agora pelo e-mail da Carol.
Resumindo: Scisini mandou o colega, Antônio Marreiros, atar seu bodezinho em outro poste e procurar o que fazer.
Por essas e outras: nunca, nunquinha, chamo médicos, advogados, juízes, delegados ou promotores de doutor. O título nasceu e deve permanecer na academia. Já falei sobre isso. Todos merecem ser tratados com respeito: do engraxate ao ministro do STF.
Um comentário:
O Brasil é um grande barato...
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