sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Doutor é a vovozinha

Everton Maciel, de Pelotas

A colega Caroline Trennepohl, estudante de Direito e Filosofia da UFPel, enviou a decisão sobre aquele caso polêmico de 2004, onde um juiz entrou na justiça contra o condomínio e o porteiro do próprio prédio exigindo ser tratado pelo pronome "doutor". Além disso, o juiz Antônio Marreiros da Silva Melo Neto queria uma indenização, "superior a 100 salários mínimos", por danos morais. O caso foi parar em todos os jornais e causou o maior alvoroço.

O magistrado responsável pelo julgamento, Alexandre Eduardo Scisinio, da comarca de Niterói (RJ), entre outras coisas, escreveu o seguinte na sentença: 'Doutor' não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Leia a decisão na íntegra. O resultado saiu em maio. Desatento, só fiquei sabendo do resultado agora pelo e-mail da Carol.

Resumindo: Scisini mandou o colega, Antônio Marreiros, atar seu bodezinho em outro poste e procurar o que fazer.

Por essas e outras: nunca, nunquinha, chamo médicos, advogados, juízes, delegados ou promotores de doutor. O título nasceu e deve permanecer na academia. Já falei sobre isso. Todos merecem ser tratados com respeito: do engraxate ao ministro do STF.

Um comentário:

Barone disse...

O Brasil é um grande barato...