Juliano Machado, do blog O Filtro
Primeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva debochou: “Crise? Pergunte ao Bush.” Depois, disse que os efeitos seriam “quase imperceptíveis”; mais tarde, já admitia a hipótese de um “pequeno aperto”. Ontem, enfim, afirmou que a situação é “séria e profunda”. A manchete do Globo (para assinantes) diz que o otimismo acabou dentro do governo e a equipe econômica já trabalha na revisão do Orçamento de 2009. Esperava-se um aumento do PIB de 4,5%, com dólar a R$ 1,71 no ano que vem. Com a moeda americana acima de R$ 1,90, a estimativa passa a ser de crescimento entre 3% e 3,5%. Para equilibrar a receita menor com os impostos, deve haver um grande corte de despesas. Como diz um editorial do Estadão, o governo deve “deixar de lado a oratória de palanque e estudar como enfrentar as dificuldades sem desarranjar a economia”. Parece que Lula já entendeu o recado.
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