quinta-feira, 17 de julho de 2008

juca+fortes

Juca Fortes. Mais informações sobre o autor: aqui

Todo internauta que se presa já escreveu o próprio nome no Google. A busca por uma informação sobre si mesmo na internet (conhece-te a ti mesmo online) chega a níveis de egoísmo nunca imaginados, tem gente que se procura todo dia no Google.

Fico imaginando se minha mãe na década de 1980 tivesse Orkut. Minha cara de joelho (1° dia de vida, que fofo, né? Esta, provavelmente, seria a legenda da minha fotinho no Orkut) estaria na net antes mesmo de eu ter uma pseudo auto-imagem consciente de mim mesmo [desculpem a redundância]. Ou eu estou ficando velho e caduco ou a fotografia ainda tem uma magia que transita entre o horror e o saudosismo, horror do efêmero momento e saudade do momento efêmero.

Voltando ao centro do umbigo do mundo. Em algum “lugar” se encontra nosso nome, pseudônimo, apelido, nome artístico, apelido fofo de namorado, codinome, alcunha de bandido. O envoltório substantivo pelo qual somos conhecidos é tão significativo que, no universo online... significa muito pouco. Nossos nomes estão no cadastro do governo/estado/nação, tem os cobradores que nunca se esquecem, ex-amantes que nunca se esquecem (pelo menos tentamos acreditar que isto seja verdade). Um Ser Superior, que é uma espécie de tabelião eterno, sabe nossos nomes. É tão bonito imaginar que Deus, Zeus ou Tupã sabem meu nome. Quando se é criança isso é amedrontador, mas depois de certa idade não faz mais muita diferença. Putz, ia me esquecendo das lápides.

P.S
Escrevi tantas linhas só por que encontrei meu nome artístico, 'Juca Fortes' no Google. Juca Fortes é o nome de um estádio de futebol no Piauí. Mais informações? Joga no Google.

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