quinta-feira, 31 de julho de 2008

Enquanto todo mundo volta os olhos para Pequim...

Deu no site da Revista Veja

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira que vai nacionalizar a unidade do banco Santander no país, depois de não autorizar uma tentativa de compra por um investidor local. O anúncio é uma resposta a um imbróglio iniciado em junho, quando as ações da instituição financeira dispararam com rumores de um acordo de venda. À época, o Santander desmentiu tal acerto.

"Eles queriam vender o banco a um banqueiro venezuelano, que pediu permissão, autorização, porque assim está nas leis. E eu, como chefe de estado, digo: ‘Não. Agora me venda o banco ao governo", disse Chávez em um ato público em Caracas. Segundo ele, após ter a autorização negada, o grupo espanhol recuou da venda. "Agora os donos dizem 'Não, não queremos vendê-lo'. E agora eu digo 'Eu compro, (me diga) quanto vale que nós pagamos"', acrescentou.

O anúncio da nacionalização é o mais novo passo da Venezuela rumo ao "socialismo do século XXI" defendido por Chávez. Desde o ano passado, o governo venezuelano vem assumindo fatias grandes da economia, incluindo projetos na área de petróleo, telecomunicações, eletricidade e cimento.


Compensação

Nesta quinta, o caudilho declarou que iniciará imediatamente o processo de negociação para determinar o preço justo para a compensação de sua tomada do banco. O Santander possui cerca de 96% do Banco de Venezuela, o terceiro maior do país em termos de depósitos e o quarto em termos de carteira de crédito, segundo cifras de maio da firma privada Softline.

Em 1994, o estado nacionalizou o banco em meio a uma aguda crise financeira,. Em dezembro de 1996, porém, a instituição foi leiloada. O grupo Santander comprou na ocasião 93,38% das ações do banco, por 351,5 milhões de dólares.

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