sábado, 26 de abril de 2008

O padre dos balões e outros casos idiotas

Everton Maciel, de Pelotas

A sabedoria analfabeta do meu avô, Edivon Maciel, ensinou-me uma coisa: depois que as pessoas morrem elas perdem os seus defeitos. Geralmente, é verdade, mas toda regra tem sua exceção.

Uma dessas exceções é o caso envolvendo o padre Adelir de Carli, 41 anos, que resolveu alçar vôo amarrado a mil balões com gás hélio. A morte dele se transformou em uma piada. Vários sites têm tratado o assunto como uma anedota. Ainda bem! Se o padre se transformasse em um herói, definitivamente, estaria na hora das pessoas de bom-senso sumirem do Brasil.

Uma das piadas que circula na internet mostra as manchetes que alguns jornais importantes dariam sobre o caso, levando em consideração o estilo de cada jornal. (Leia aqui. É muito engraçado)

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Ainda sobre esse assunto, existe um site em inglês chamado Darwin Awards . Ele faz um ranking de mortes estúpidas e bizarras acontecidas ao redor do mundo. O caso do padre não teve destaque, mas vale a pena conferir outras mortes tão (ou mais) idiotas. É possível que alguns casos não passem de lendas urbanas. Mesmo assim, podemos dar boas gargalhadas. O jornalista Guss de Lucca, do IG, traduziu os seguintes exemplos:

1. Bomba na hora errada: um grupo de terroristas palestinos confundiu o timer dos explosivos que transportavam e, sem perceber a burrada, morreram quando o carro bomba que dirigiam explodiu com eles dentro. (Israel, 1999)

2. Carro a jato: um sargento da força aérea americana instalou em seu Chevy Impala 1967 uma turbina a jato utilizada para dar maior impulsão em caças militares. Com o aparato indevidamente instalado, o oficial rumou para o deserto do Arizona e ligou a turbina. Moral: o carro explodiu após praticamente voar pela estrada, mandando o tal sargento pelos ares. Reza a lenda que o adesivo "Como estou dirigindo?" foi encontrado entre os destroços do veículo. (Estados Unidos, 1995)

3. Lugar e hora errada: um assaltante novato tentou roubar uma loja de armas(!) portando apenas um revolver. Além de não se ater a este detalhe, ele ainda foi capaz de ignorar o carro patrulha que estava estacionado do outro lado da rua. Após disparar um tiro, o infeliz foi praticamente fuzilado pelos policias, pelo dono da loja e por todos os clientes que ali estavam. Ninguém se feriu. (Estados Unidos, 1990)

3. Roleta russa da pesada: três amigos bebiam num boteco quando um deles voltou com uma mina terrestre anti-tanque, que estava em seu quintal por mais de 25 anos. Com o artefato na mesa o trio passou a jogar roleta russa, tomando um trago de bebida e posteriormente batendo na mina. Minutos depois e " boom": não sobrou nenhum pedaço dos amigos pra contar história. (Camboja, 1999)

4. Perseguidor implacável: um rapaz dirigia seu carro quando ouviu as sirenes de uma viatura policial pedindo que ele parasse. Sem pestanejar o jovem acelerou e iniciou uma perseguição dentro de alguns campos do estado do Colorado. Ainda dirigindo ele sacou uma arma e apontou-a para trás, sem poder virar para observar exatamente onde estava a polícia, afinal, ele estava dirigindo em alta velocidade. Dos quatro tiros disparados dados sobre o seu ombro um acertou sua cabeça, encerrando a perseguição e deixando os guardas perplexos. (Estados Unidos, 2002)

5. Na linha do trem: durante a madrugada um homem teve de parar seu carro após o mesmo quebrar na estrada. Preocupado ele desceu e, caminhado pelas redondezas, ligou para pedir que alguém da cidade lhe ajudasse. O problema foi que o cidadão tapou a orelha que não estava encostada no celular com a mão, e não ouviu o trem se aproximar dele, que sem saber estava parado em cima dos trilhos. (Estados Unidos, 2002)

6. Vasectomia natural: um assaltante inglês entrou no supermercado e roubou duas lagostas vivas para comer. O problema foi que ele escondeu os animais dentro de suas calças. Não é necessário dizer que os crustáceos utilizaram suas garras para acertar seu genital e impedi-lo de sair da loja consciente. Este é um dos raros casos onde o vencedor do prêmio não morreu, mas mesmo assim extinguiu seus genes (au!). (Inglaterra, 2000)

7. Caminhão bomba!: O brasileiro Manoel Messias Batista Coelho era responsável pela limpeza interna de tanques de caminhões de gasolina. Parte do procedimento consiste em encher o tanque com água, para forçar a saída do vapor inflamável do veículo. Depois de iniciar o processo o empregado retornou e, na dúvida, iluminou o interior do tanque com um isqueiro para ver o nível de água. Na hora o caminhão explodiu, limando sua existência em segundos. (Brasil, 2003)

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