quinta-feira, 24 de abril de 2008

A crise imobiliária americana

Gabriela Backes

Todas as relações de mercado estão sujeitas a crises. Crises que normalmente servem como um regulador da economia. O que aconteceu ou, poderíamos dizer ainda, acontece, com o mercado imobiliário americano não é nada de tão estranho assim para economia mundial.

Com o aumento da oferta de dinheiro no mundo, aumentou-se a oferta de dinheiro para os créditos subprime ou segunda linha. Como a taxa de inadimplência nesse ramo é maior, conseqüentemente, as taxas de juros também são maiores. Investidores vislumbraram uma possibilidade de aumentar seus rendimentos e passaram a aplicar dinheiro nesse ramo.

Sendo as relações de mercado em cadeia, os bancos vão fazendo empréstimos dos próprios empréstimos. No final, temos vários investidores lucrando com as mesmas operações. Entretanto, o primeiro elo dessa cadeia não teve a resistência necessária para sustentar o mercado. Se o primeiro tomador (do empréstimo) não conseguiu pagar sua dívida, gera-se uma inadimplência em cadeia.

Os investimentos no subprime passaram a ser incertos e isso ocasionou uma retração da economia, e uma falta de liquidez.

O impacto global causado por esta crise poderia ser explicado da seguinte maneira: por temeridade de apostas de riscos, ou para pagamento das dividas geradas com os prejuízos, os investidores em ações preferem sair das Bolsas, que estão sempre sujeitas a oscilações, e aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicam em mercados emergentes vendem seus papéis para cobrir perdas. Com a oferta elevada, os preços dos papéis caem.

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