quinta-feira, 27 de março de 2008

Viva Russo

Everton Maciel

Há 48 anos, nascia Renato Manfredini Júnior. Júnior, para a mãe, a dona de casa Maria do Carmo. Renato, para o pai, o bancário Renato Manfredini. E Renato Russo, para os milhares de fãs de uma das maiores bandas brasileiras do século 20. As músicas deste poeta permanecem vivas na memória e no coração daqueles que, como eu, tiveram sua adolescência embalada pelas dúvidas, ilusões e pela melancolia, sentimentos típicos da idade.

Capitaneada por Russo, a Legião Urbana é uma banda que foge do convencional. Na medida em que os anos passaram, o amadurecimento das músicas e das composições fez as canções da Legião migrarem do punk para o lirismo. Uma mutação natural, para aqueles que acreditam que é justamente no amadurecimento que habita um dos verdadeiros sentimentos da sabedoria e da felicidade.

Para celebrar com o coração o aniversário de Russo, Teatro dos Vampiros, em uma versão de 1992, do Acústico MTV, o primeiro gravado no Brasil, o segundo no mundo:





Nada que eu possa escrever sobre Renato Russo ou sobre a Legião Urbana deve ser levado em consideração. Para o bem ou para o mal, alguém que tatuou em seu braço esquerdo o símbolo da capa do disco Cinco da Legião (esse ao lado) não tem credibilidade para falar da banda. Sou fã. Os fãs não têm compromisso com a realidade, apenas seguem seus sentimentos. É incondicional.

Nesse espaço tão nobre, tudo que posso fazer é lembrar das noites onde a tristeza tinha tratamento certo: doses cavalares de conhaque Dreher (ou algum genérico, dependendo da minha condição financeira e dos colegas). A certeza de que a tristeza, os problemas familiares e do coração seriam substituídos pela felicidade de uma roda de violão era evidente.

Esse processo, espontâneo ou não, benéfico ou não, fez parte da juventude de muitos que me acompanham até hoje. Creio que fará parte do amadurecimento de muitos que virão, porque a Legião Urbana não é apenas mais uma banda brasileira que surgiu nos anos 80, é um projeto de vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

bons drehers... ops, tempos! hehehehehe!!!

Renato pode não ter sido um exemplo de vida, para muitos, mas suas canções nunca falaram de outra coisa que não de amor. elas são como um guia de como ser feliz, sem se machucar, ou machucar os outros, nesse mundo que anda tão complicado. Força Sempre, Renato!