quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Diário do Sul - parte II

Everton Maciel

Oficialmente, hoje sou um estudante. Mas prefiro o título de desempregado ou vagabundo. Como nunca fui um desempregado antes, aprendi uma coisa muito maluca: não importa o que você faça ou o que tenha, sempre vai querer fazer melhor ou ter mais. Isso funciona para malucos que trabalham desde a adolescência. Sentir-se um inútil é desconfortável. Vamos ver o que acontecerá daqui para frente. Ainda tenho tempo para curtir minha inutilidade. Esse tempo chama-se seguro desemprego. Trata-se de uma fabulosa invenção da CLT. O seguro desemprego é uma espécie de “muito obrigado, você é importante para a economia do país”. Mas, também, quer dizer: “corra, arrume um trabalho logo para voltar ao circuito da sociedade de consumo em massa”. Doido, né?

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Ainda há uma preocupação muito grande na região Sul com o desastre na reserva ambiental do Taim. Desastre: é assim que todos os jornais chamam o incêndio que começou no final de janeiro. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICBio) reunirão na sexta-feira, dia 29, as instituições de pesquisa que tenham trabalhos relacionados com a área. No dia em que a tragédia completa um mês, iniciará um levantamento prévio dos prejuízos para o meio ambiente e para a sociedade.

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Por falar em jornais: para aqueles que gostam de ir à banca comprar periódicos todo dia é mais positivo estar em Pelotas que estar em Santa Rosa. Além do Zero Hora, Diário Gaúcho e Correio do Povo, tenho a oportunidade de ler O Sul (outro diário de Porto Alegre) e os pelotenses Diário Popular e Diário da Manhã. O leitor não precisa ficar sufocado com a posição do Grupo RBS e com a queda de qualidade que desembarcou na lendária Caldas Júnior com chegada do bispo Edir Macedo.

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