Júnior Grings
Somos democráticos enquanto a democracia nos favorece. Essa é sem dúvida a prerrogativa da maioria das pessoas. Qualquer relação social pode constatar essa minha afirmação. É comum fazermos pequenas eleições para decidir isso ou aquilo, algumas pessoas defendem essa ou aquela opinião, depois se faz uma apuração das opiniões e pronto chegou-se ao um resultado comum. Todavia, isso não funciona assim. A maioria das pessoas se omite no seu espaço de discussão, não expõe seu ponto de vista sobre os determinados assuntos, e uma, vez decidido, começam as desavenças.
É comum, vermos pessoas se colocarem fora do grupo por não ter suas idéias acatadas, afirmando assim que o interesse pessoal está acima de qualquer opinião comum. Desta forma, elas acabam não praticando um dos fundamentos da democracia, o de respeitar a posição da maioria.
Dificilmente temos o ato democrático completo. Levantamentos das questões, debates, escolhas e cumprimento das decisões. Ficamos, assim, sempre presos as nossas particularidades. Isso faz com que o já difícil exercício da democracia fique inviabilizado.
É verdade que a democracia tem seus problemas, mas sem dúvida o maior deles é nosso comportamento perante o processo democrático.
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