Esse não é um blog sobre moda, e jamais será um blog sobre um tema específico. Temas específicos são para especialistas e não blogueiros. Mas, eventualmente, eu me atrevo a emitir minhas opiniões estéticas. Não as julgo mais relevantes que quaisquer outras opiniões estéticas. Não existem valores morais e estéticos objetivos. Aqui, meu foco é mais o bom senso do que o visual ou a preferência estética das pessoas. Já fui crucificado por falar mal de mulheres peludas. Já fui esculhambado porque, infelizmente, calcinha bege é algo muito feio. Já tentaram comer meu rim por eu achar mulher de cabelo curto a coisa mais linda desse mundo.
Agora, aguentem essa: bigode não é para quem quer, é para quem pode.
A onda hipster que nos afrescalhou de vez, trouxe a maldita moda dos moustages. Junto com os bigodes de carroceiros vieram camisas ridículas e calças coladinhas. É algo digno de um circo urbano, onde os palhaços e os animais se confundem.
Nessa cena idiota, os bigodes são personagens ilustres. Eles ornamentam o submundo de cultuadores de bandas desconhecidas da Groenlândia e, no fim das contas, fica muito difícil de separar um moço supostamente muito inteligente de um cobrador de ônibus. A popularização do desapego financeiro, especialmente entre os que têm grana, claro, tornou bonita essa ideia de parecer pobre, andar de bicicleta e procurar restaurantes que sirvam comida nordestina no meio do Paraná. Pouco me importa. Eis a diferença entre um bigode e um carroceiro. Não vou nem fazer legenda para as fotos. Se você não souber identificar o personagem homem e o personagem hipster (ou porteiro de condomínio, não sei. Peguei uma foto aleatória), provavelmente você também não tenha lá muito senso de ridículo. A diferença é visível.
Bom senso e caldo de galinha não matam ninguém.
Sem mais, meritíssimo.
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