quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bibliotecas

Biblioteca, no Brasil, é um lugar místico e inacessível. Na Biblioteca Pública de Pelotas, há uma sirene. Isso. Uma sirene. Você está tentando entender Locke, Hobbes ou Marx e Bééééwww. Todo dia, às 17h45, a maldita sirene toca com o objetivo de avisar aos usuários que a biblioteca fechará suas portas em quinze minutos e os funcionários públicos devem parar de prestar seus favores amorosos e benévolos aos frequentadores do local. É uma barulho feito para assustar e dizer que você está em um local sitiado, difícil e precisa prestar atenção o tempo todo, afinal, há um serviço público caridoso a sua disposição, mas NÃO ABUSE da amizade do Estado. Depois de soada a sirene, todos devem sair pela porta desesperados e gratos pelo favor da prefeitura ou correndo para o balcão para registrar a saída dos seus livros. Impressionante.

A Biblioteca da UFPel, foi informatizada há três semanas. Antes disso, ainda haviam fixas. A minha está na foto ao lado. Agora, com 10% de atraso entramos no século 21. Para simplesmente colocar os pés na biblioteca e ler um livro, você precisa dar seu nome para um porteiro preparado para a função em um curso de 3minutos. Além da dificuldade natural ao vivente de utilizar um computador. Se a conexão com a internet cair, ninguém entra ou sai da biblioteca. Isso! Sem internet: sem entrada de usuários na biblioteca. A internet da UFPel deve ter a mesma conectividade que aqui em casa, uns 10mbps. O detalhe é que aqui somos cinco utilizando a conexão. Lá devem ser uns cinco mil. Ou seja, há internet hora sim, outra não na biblioteca.

Além disso, há outro fenômeno tipicamente from brazil. O roubo de livros. Vários livros somem todos anos. Todo dia, toda hora, todo minuto. Das bestialidades que eu já vi: dicionários de ética com páginas de verbetes arrancadas. Converse com um universitário e descubra porque merecemos nos locomover de cipó em cipó.

Sem mais, meritíssimo.

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