segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Otimismo no século 21 é desaforo

Ontem foi o primeiro dia de primavera. Não oficialmente (começa no dia 23 de setembro), mas a primavera escolheu o domingo para anunciar sua chegada em Porto Alegre. Muita gente na Redenção. Milhares de mentes insólitas sentadas na grama do maior parque-urbano-não-cercado do Estado. Nem todos podem ser classificados como "mentes insólitas", especialmente pelas dúvidas geradas pelo conceito de mente e a possibilidade remota dessas pessoas portarem dentro de suas caixas encefálicas algo do gênero. Então, podemos redefinir: muita gente e muitos emos.

Um começo de primavera e tanto. Sol, calor, plantas ovulando diante dos nossos olhos, e não só plantas ovulando... mas nem tudo é perfeito, ainda mais se tratando dessa coisa mal resolvida que chamamos de civilização. Eu gosto dos primeiros dias da primavera. Ou últimos do inverno. Hoje, por exemplo, bateu água o dia inteiro. Chuva e mais chuva. Mas não dá pra reclamar. Perto da umidade do inverno em Pelotas, a chuva de primavera em Porto Alegre é um parque de entretenimento aquático, mas seco. Apesar de preferir o inverno, claro que não posso reclamar da primavera. Tempos de saias curtas.

Por falar em saias, e Redenção, e Porto Alegre: no desfile de insobriedades da civilização patrocinado pela multidão de esquisitos de ontem, vi várias botas, meias arrastão e (tcharam!!) a última tendência da cafonagem: sabe aqueles sortinhos jeans que só poderiam fazer sucesso em filmes adultos? Ainda mais somados as botas altas e às meias arrastão? Pois é, ganharam as ruas. Otimismo no século 21 é desaforo.


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