domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Cisne Lost

Nesse final de semana, estreou na Capitar Cisne Negro, de Daren Aranofsky. Os jornais de Porto Alegre estão chamando o filme estralado pela Natalie Portman de thriller psicológico. Demorei para entender o motivo dessa classificação bisonha. Daí, vi que os gringos resolveram afrescalhar seus jornais com esse eufemismo e os xurnalistas gaúchos, claro, só repetiram a fórmula pronta. Coisas da Província de São Pedro. Uma classificação dessas é desnecessária. O filme é um drama, e pronto.

Independente disso, a gravação tem seus méritos: engana a imaginação do espectador por bastante tempo, é fotografado em um tom de cinza e carrega o charme dos olhos castanhos da israelense mais linda do cinema.

Aranofsky conta a história de uma bailarina buscando incorporar o personagem mais famoso da história do balet O Lago dos Cisnes, o Cisne Negro. O resultado é uma obstrução mental patológica vivida pela personagem Nina. Clichê, né? Um artista buscando a perfeição. O tema, realmente, é surrado. Mas os problemas não param por aí: muitas cenas são desnecessárias, personagens estão perdidos na trama e pouco foi explorado da dança, essência do roteiro.

Faltou sensibilidade; sobrou publicidade.

Portman interpreta algumas cenas com o noivo e futuro pai do seu primeiro filho - ela está grávida de quatro meses. Benjamin Millepied é um dos personagens lost: entrou sem dizer "oi"; saiu sem dizer "tchau". Estava lá só para aparecer no filme.

Mesmo assim, o roteiro tem méritos. Os quatro atos do balet original podem ser observados, escondidos, no decorrer da história.


Um comentário:

Anônimo disse...

Este filme está brilhante de facto! Excelente prestação da Natalie Portman...