Quando eu disse que a história da fotografia havia chegado ao fim, quis dizer que a fotografia digital não se caracteriza pela captura mecânica de luz. Isso se aceitarmos, claro, digital e mecânico como conceitos antagônicos. Desta forma, aquilo capturado digitalmente é outra coisa, com outro nome e outras características. O problema no conceito de "máquina fotográfica digital" está justamente em colocar as palavras "fotográfica" e "digital" lado a lado.
Sabemos que máquinas digitais profissionais ou, mesmo, semiprofissionais têm como finalidade a exposição - através de dispositivos eletromecânicos - de uma superfície que tenta imitar um filme. Mesmo assim, ainda temos outra coisa, bem diferente da fotografia como a conhecíamos durante a maior parte do século 20. O velho filme deu lugar a uma placa sensível à luz. Ponto. Nova linha.
O que há de mais moderno na captura de luz é a chamada fotografia High Difinition. No exemplo que eu resolvi pegar são 26gigapixels. Isso mesmo: gigas. Neste caso, só mesmo três "fotógrafos": Kolor Autopano, Arnaud Frich e Matin Lover. As dimensões da imagem são as seguintes: 354.159 px (horizontais) e 75.570 px (verticais).
E você pensava estar abafando com aquela quinquilharia digital de 12mpx que trouxe do parágua...
Ainda não sei exatamente como esse tipo de imagem é capturada. Portanto, não consigo dizer se se trata de fotografia ou qualquer outra coisa. Mesmo assim, as dimensões assustam. O chato de trabalhar com conceitos e critérios claros é isso: se não queremos sair por aí falando qualquer besteira, precisamos rever tudo de novo.
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