No começo da semana, cometei a Feira do Livro de Pelotas. Agora, acabo de voltar do evento de mesmo caráter realizado em Porto Alegre. Não vou comparar. É bobagem. Diferente demais. Aqui, a presença da maioria dos veículos de comunicação recebe destaque expressivo e permanente. Praticamente, todos os grandes veículos têm seu lugar. Isso, apesar da assessoria de comunicação da feira estar fechada no momento em que passei por lá. Há ainda um espaço bem organizado para orientações ao público. O balcão de informações andava bastante movimentado.
Os livros vendidos em escala marketeira mega-industrial, claro, são aqueles que mais ocupam espaço nas prateleiras. Vampiros, bruxas e doendes ainda vendem mais que bilhete de loteria. Paciência. Antes o pior livro que a melhor novela das oito. Mas, os escritores da cidade são bastante valorizados, também. Tenho um professor pelotense que identifica esse fenômeno como “clubinho de Porto Alegre”. Ele argumenta que aqui não se produz literatura. “É tudo bairrismo”, diz o dinossauro. Tá bom. A velha briga Pelotas-Porto Alegre não interessa agora.
A galeria de livros internacionais recebia um público considerável. E eu adorei. Vários consulados com livros de qualidade produzidos em italiano, francês e inglês. Pena que os preços são mais caros que na internet. Um dicionário de verbos em francês, por exemplo, custa R$ 36. Na compra on line, o mesmo livro sai por R$ 32 (com frete). Gosto muito da Feira do Livro. Mas prefiro do meu bolso.
Aqui em Porto Alegre, existe um espaço reservado para as crianças é sempre bom. Encontrei várias obras para molecada. Gostei muito de uma coleção chamada Filosofinhos (Tomo Editorial). Vários nomes importantes da história do pensamento ocidental são retratados de uma perspectiva lúcida. Ainda por cima os livrinhos são ilustrados e... rufem os tambores: bilíngues! Descartes, Kant, Freud, Marx e muitos outros intelectuais são retratados pela coleção. Cada livrinho custa R$10.
Mesmo com a chuva desta tarde, o calor não permitiu que as pessoas ficassem em casa. O termômetro não deu folga: 35°C. O movimento tornou essa sexta-feira o dia mais significativo das vendas. Até agora, em média, cada barraca vendeu 115 livros por dia.
A Feira do Livro de Porto Alegre encerra no dia 15 de novembro. No site do evento está toda aquela programação pseudocultura que eu não tenho saco para discutir.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Feira do Livro de Porto Alegre
Postado na editoria do Capeta:
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