sexta-feira, 22 de maio de 2009

Economia: a semana passada a limpo

Jonas Diogo, de Horizontina, RS

DESVALORIZAÇÃO – O Dólar dos EUA volta a perder força perante as principais moedas do mundo. Frente ao Real brasileiro, “as verdinhas” chegaram a R$ 2,02 nesta semana, contra R$ 2,44 no início do mês de março. Só não bateu a casa dos R$ 2,00 porque o Banco Central entrou comprando dólar no mercado. Se considerada a paridade de poder de compra deveria estar ao redor de R$ 2,16 por dólar. A desvalorização é resultado, dentre outras coisas, de ações deliberadas dos Estados Unidos visando transferir para o resto do mundo parte da conta a ser paga em função da crise financeira eles nos colocaram.

CONSEQUÊNCIAS – A desvalorização do Dólar trás algumas conseqüências negativas a economia brasileira a principal delas é a tendência a estimular as importações, em detrimento das exportações complicando a tentativa de recuperar a economia. Além disso, perde poder de barganha no mercado mundial e em setores como a agricultura nunca é bom. Devemos sentir o impacto sobre os preços de produtos como soja, milho, trigo, entre outros. Há previsões de que o dólar possa bater a casa dos R$ 1,80, até o final de 2009. O que seria ruim para a economia.

BIOTECNOLOGIA – O Brasil deverá ter sementes de soja transgênica tolerante à seca no mercado nacional em 2015. Esse é o prazo previsto pela CTNBio. O início dos testes a campo ainda depende de autorização, mas devem ocorrer na próxima safra.

TARDE, DE NOVO - Nos EUA, a soja tolerante a seca já estará sendo comercializada em 2010. Mas há quem garanta que a tal soja já é plantada no RS. Não vi as lavouras, confesso, mas mesmo assim não tenho como duvidar. Se há o plantio é clandestino, claro, mas indica que há semente desenvolvida e testada para este fim. Alguém arisca um palpite de como estas sementes devem te chagado aqui? “Quem cuida o Rio (Uruguai) sem pretensão de pescar mais/ Tem a certeza que o s... nasce mais bonito ...”

JUROS AGRÍCOLAS - A redução das taxas de juros cobradas ao produtor deve ser o principal destaque do Plano Agrícola e Pecuário do Ministério da Agricultura, que deverá ser divulgado até metade de junho. Embora o recurso não deva passar dos R$ 100 bilhões, um pouco menos do que os produtores queriam. A redução nos juros é uma boa notícia para o setor.

NO TOPO - Em dez anos, o Brasil poderá ser o maior exportador de alimentos. O País é autossuficiente em quase todos os produtos agrícolas e ainda consegue exportar o excedente para 180 países. A capacidade de incorporar novas tecnologias na produção aumentando a produtividade, desenvolvimento da indústria, aliado às condições de produzir praticamente de tudo faz do Brasil um gigante na produção de alimentos. Tanto é que somos “tratados como gente grande” pelos países desenvolvidos quando o assunto é produção agrícola.

MENOS POBRES - O número de pobres caiu no Brasil durante os seis primeiros meses da crise financeira internacional. É a primeira vez que este desempenho social é observado no Brasil em meio à crise, já que, nas outras grandes crises econômicas das últimas décadas, a pobreza subiu muito. Dados do IBGE mostram que 316 mil brasileiros saíram da condição de pobreza nas principais regiões metropolitanas, entre outubro de 2008 e março de 2009. É considerado pobre, no Brasil, quem tem menos de meio salário mínimo de renda familiar per capita.

FILHOTE - A família de iogurtes Activia, da Danone, está maior, literalmente. O Activia Batido é o novo produto da companhia no Brasil e está disponível em garrafa de 900 gramas. Adoçado e sem a adição de outros sabores, o iogurte pode ser consumido puro ou misturado a frutas e cereais. Pelo tamanho da garrafa você já deduz para qual público o novo produto foi desenvolvido, né!?

INVESTIMENTO - Satisfeita com os resultados obtidos pelo Wal-Mart na região sul a rede varejista vai investir R$ 56 milhões no Rio Grande do Sul este ano. O foco será as classes de baixa renda, C, D e E. Para atender a esse mercado a marca TodoDia, que nasceu no Nordeste erguerá mais alto sua bandeira no Estado. Ao todo, o grupo investirá R$ 1,6 bilhão ao longo deste ano no Brasil.

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